quinta-feira, 4 de agosto de 2011

MELGAÇO, a Turquesa do Marajó







MELGAÇO,
a Turquesa do Marajó

"MELGAÇO" é um regaço de cidade
que perto do Marajó inspira canção
no recanto do Cantinho da Saudade

nas cantigas de Jaime, poeta irmão

Encravada bem no meio da floresta
proximidades das águas dos Igapós
ah, onde as estrelas fazem serestas
pros que vivem À MARGEM DOS MARAJÓS

Sem o foco da mídia, grande imprensa
e justamente À Margens dos Marajós
Melgaço se constitui em beleza imensa
que encanta e deslumbra a todos nós

Por ali você navega até dormindo
e se levanta renovado a cada manhã
vendo o sol saindo como sorrindo
lá das bandas da Ilha da Maracanã

Irmã dos ribeirinhos, das ribeirinhas
Melgaço é um desses pedaços de chão
amiga do peixe, do camarão, da farinha

do Açaí, do remo, canoa, embarcação

Ali o pessoal enfrenta dificuldades
(gerados pelos descasos governamentais)
mas inventa mais de mil e uma atividades
pesca, lavoura, trabalhos artesanais...

Sem frequentar a mídia sensacionalista 
a cidade serenamente sim "SE REPRODUZ

NA CONTRA MÃO DO SISTEMA CAPITALISTA" 
com dignidade e com muita fé em Jesus


Cidade que lembra a Turquesa Marajoara
um Ponto em Seguida na Beleza da Canção
tem Professor Hélio Pena, grande cara
saudoso Chico Mamede, cantador da região

Melgaço, regaço das minhas parentelas
eu quantas vezes já saboreei teu Açaí
 
lá pros rumos das lagoas mais belas

no rio Laguna, do Saparará, do Marajoí

Saparará, Marajoí, meus grandes amores
tenho certeza que é pras ILHARGAS dali
que o Arco-Íris ganha muito mais cores
por reverenciar as Tigelas do Açaí
Em Melgaço, em meio à gente serena 
ah, você não tem como não se encantar

com o sorriso de uma Flor de Madalena
gente da gente que aprendemos a amar

Lá em Melgaço você caminha pela orla
e sem perceber já começa a conversar

com os ventos que dão vida à marola
ao banzeiro, pleno sol ou pleno luar

Linda cidade cá eu deixo um abraço
aos sumanos poetas, doce prima Raquel
à tanta gente que é louca por Melgaço
primos Jaime, Marta, irmão Miguel...

Praquelas bandas um abraço envolvente
e um simples e sincero aperto de mão

tem o poder de mudar qualquer ambiente
por que traduzem a beleza do coração

Sim, por ali um aperto de mão caloroso
dado pelo povo da cidade ou do Igapó
ah, é mil e uma vezes bem mais valioso
que os dado por certa gente de paletó

Cidade onde Sonho faz parte do trabalho
       dos que buscam uma transformação real
visionários como Ricardo e Marluth Filho
lutam por Marajoara Universidade Federal

Linda Melgaço do meu povo hospitaleiro
dos marajós legítimos, de muita honradez
quão bom banhar na praia dos Jambeiros
conversando no nosso popular caboclês

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

O poema contém citações
de poetas e historiadores
de Melgaço, dentre eles:
Chico Mamede, autor
do Hino da Cidade;
Hélio Pena Baía, profesTsor e Historiador;
Agenor Sarraf Pacheco, poeta,
historiador e autor do livro
"À Margem dos Marajós";
E agradecimento ao primo poeta,
sumano irmão amigo, Jaime Adilton
que muito colaborou com esse poema






4 comentários:

Jaime Adilton disse...

Cá estou eu, meu primo poeta, a comentar o belo poema que vc fez em homenagem à Turquesa do Marajó! Parabéns! Nós, os Loucos Por Melgaço, prestamos nossa sincera homenagem aos Ventos que sopram do Marajó, que faz jus ao nome, pois é pura poesia marajoara, é cultura! Vc soube traduzir como ninguém o sentimento dos melgacenses! Salva de palmas!!!

FilipeFagundes disse...

Obrigado, meu primo poeta!
Lembrar Melgaço é lembrar
a história da nossa família
que viveu pras essas bandas.
Meu pai morou anos no rio Laguna,
lá pras quebradas dos lagos
Marajoí e Sapará, já quase
varando os rumos do País de Gurupá;
lá pras Ilhargas de Gibraltar,
Comunidade Assembleiana, pra onde
Raimundo Fagundes foi Chamado.
Homem das letras, embora nunca
tenha sentado num banco de escola,
meu pai era um intelectual, e dos bons, pois fazia poesias com aquela
incrivel facilidade que
nunca tive e jamais terei.
Também ele escrevia cartas
como ninguém pro povo daquela
localidade, povo este que
ele transportava gratuitamente
seja pra Breves, Melgaço ou Portel.

Embora conhecesse a dialética de Marx e suas teorias, pois sua casa
era cheia de livros e mais livros, foi no estudo da Bíblia que meu pai aprendeu por em prática os
ensinamentos da Igreja Primitiva
que, entre tantos dons, praticava
o mais lindo deles, o dom da partilha do pão e da sabedoria.
Dessas coisas tenho saudades,
e meu peito se contrai nas saudosas
lembranças de Raimundo Fagundes,
um Teólogo Leigo e Popular,
profundo pesquisador da Bíblia,
e na sua exegese completa.

Saudades do povo do rio Laguna,
lá pra onde um aperto de mão
vale mais que mil documentos assinados.
Saudades de Melgaço, onde você
tem doce acolhida.
Saudades de Prima Madalena,
a linda Madalena que no dom da
hospitalidade dava acolhida pra
uma outra marajoara de muita fé,
Ana Fagundes, minha santa mãe,
a mãe guerreira que Deus me deu.

Prima Madalena, o poema é pro teu
sorriso lindo, doce, encantado,
hospitaleiro, Cristão Acolhedor

Jetro Fagundes,
um também Louco Por Melgaço

Raquel disse...

Oh meu primo poeta,quanta satisfação, vê aqui a minha querida Melgaço,tão bem retratada por seus versos.
Muito obrigada!!!
Meus parabés!!!

disse...

Adorei.. Um fonte de cultura ao alcance de nossos olhos!! Parabéns poeta.