segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ANAJÁS, o Coração Marajoara




o Coração Marajoara

ANAJÁS dos primitivos habitantes
que habitaram o lindo rio Anajás
é cidade que encanta o visitante
Quem ali passa não esquece jamais

Lugar cativante de vários atrativos
que inspira versos, prosas e canções
ambiente alegre, bastante festivo
é Anajás do rio Anajás, do Mocoões

Lá onde a gente conhece bem de perto
a natureza na própria beleza do ser
ah, você é capaz de ficar boquiaberto
vendo o Sol alegre se pondo, e a nascer

Anajás, centro Marajoara, Interiorano
coração aconchegante é um lugar ideal
pra gente esquecer os estresses urbanos
dos grandes centros de qualquer capital

Sempre cobiçada pelo capital mesquinho
que destrói florestas dos rios e igarapés
Anajás já sai em busca do seu caminho
com suas próprias mãos e próprios pés

Violentada desde o período da borracha
e mais recentemente madeira, palmital
a cidade com dificuldades busca e acha
saída em iniciativas como as do açaizal

Enquanto uma certa casa legislativa
caminha pela via maldita da corrupção
O povo de Anajás toma a iniciativa
de dizer não à predadora devastação

Sem apoio dos ditos Órgãos competentes
o caboclo sumano da região dos Anajás
enfrenta barreiras, mas vai em frente
planta, cria sem métodos artificiais

Mesmo sem recursos, sem financiamentos
esses marajoaras nos dão uma lição
de vida, de fé e muito encorajamento
"sustentabilidade, natural produção"

Lindos Anajaenses, gente que sonha
que trabalha, que realiza, que faz
na lavoura, no Açaizal, na peconha
dando vida aos manos Mocoões, Anajás

E os que vivem das trapaças, sujeiras
nos plenários estaduais ou federais
que busquem ver a dignidade guerreira
do povo carente, mas honesto do Anajás

Praquelas bandas o natural breviário
registra todas as emoções dos corações
que mergulham nas águas dos balneários
que encantam os rios Anajás e Mocoões

Cidade localizada bem no coração da Ilha
e que apesar de carente a sua população
nos comove muito nas lições de partilhas
nunca nega abrigo, sempre estende a mão

Humilde, hospitaleiro, sincero, risonho
o anajaense, super singular, é original
caboclo do Marajó, natural patrimônio
ah, que dificilmente se vê assim igual

Anajás simpática das terras Marajoaras
do Aramã, rio Guajará, Cururu rios teus
da Memória Indígena lá de Itapecoaquara
dos tempos que te chamavas "Menino Deus"

Ah, Menino Deus, Anajás dos Peconheiros
das latas, dos paneiros de cada Açaizal
teu povo ribeirinho, roceiro, canoeiro
é guerreiro, trabalhador e muito legal

Sumano Vento, um eterno companheiro
todo encantado, vive admirando, sim
o Chorinho do teu lindo cancioneiro
o Autodidata  Adamor do Bandolim


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara





terça-feira, 23 de agosto de 2011

BAGRE, Paraíso Marajoara




BAGRE
Paraíso Marajoara

BAGRE do balneário, Praia da Costa
cidade dum povo humilde, acolhedor
desses que a gente ama e gosta
nas relações do fraternal calor

Lá pros rumos da baia das Araras
no rio Pará, onde a vida é navegar
fica Bagre dos Paraenses Marajoaras
linda, pacata. Que beleza de lugar!

Bagre lembra um paraíso verdadeiro
Floresta Densa da planície aluvial,
com presença maciça de Açaizeiros
lindo, formidável Patrimônio Natural

Formidável é o seu povo admirável
que busca sobreviver sem devastação
fazendo bom uso do recurso renovável
da floresta que clama por conservação

Cidade linda que tem como princípio
valorizar o que Deus lhe deixou aqui
em setembro mobiliza todo município
nas Festividades Marajoara do Açaí

Bagre nos seus dias de festividades
vive pura mobilização e empolgação
onde a riqueza natural dessa cidade
fica aberta em barracas de exposição

Muitos objetos indígenas, artefatos
utilizados largamente pela população
se misturam com variados artesanatos
feitos à partir de fibra de vegetação

Peças como Tipitís, Matapís, Paneiros
vão conservando as raízes, tradições
de artistas marajoaras, verdadeiros
desafiadores resistentes às gerações

E nas Festividades do Açai bagrense
você também pode ver a apresentação
da nossa cozinha Marajoara-Paraense
pratos à base de açaí, peixe, camarão

Esta cidade dos tempos da Cabanagem
nesses dias de festividade popular
tem concursos, futebol e canoagem
e Miss Açaí sempre linda a desfilar

Além de festival culinário-artístico
Bagre faz aquela questão de apresentar
o valor do caboclo pro olhar turístico
que encantado promete um dia voltar

Promete voltar e rever outro cenário
tão lindo quanto o Festival de Açaí
a Praia da Costa, popular balneário
com muitíssimo Verde em torno de si

Praia da Costa tu te livras do stress
nas águas companheiras do sol e luar
e é claro, evidentemente se esquece
da vida em cada inesquecível mergulhar

A Praia e outros lugares da redondeza
presentes da Natureza a esse lugar
são Paraísos constituidos de belezas
que só mesmo no Marajó você pode achar

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

BREVES, a Capital das Ilhas




BREVES,
a Capital das Ilhas

BREVES dos brevenses pioneiros
família guerreira de muito brio
que originou um povo hospitaleiro
no nosso Parauahu, lendário rio

Lá onde os Aguidás são vasilhas
que se preparam Açaí no Tajapurú
mora Breves, a capital das Ilhas
filha do meu sumano rio Parauahu

Cidade da linda Avenida Rio Branco
do peixe gostoso, do saboroso Açaí
ah, eu vou te ser aqui bem franco
eu sinto muitíssima saudades de ti

Alí o rio Parauahu todo encantado
vive a vida vendo o Sol parecer
tipo menino apaixonado, enluarado
na poesia do entardecer, amanhecer

Ali também a Lua menina prateada
a pedido dos amantes da navegação
aparece serenamente ensolarada
iluminando a maré de inspiração

Breves do saudosíssimo Externato
um Espaço Cidadão Cristão e Escolar
que na sabedoria do rio, do mato
era verdadeira Universidade Popular

Escola dos mais profundos Estudos
era belo Centro de saber, formação
que nos ensinava sobre quase tudo
e inclusive a arte de ser cidadão

Após o ciclo palmiteiro-madeireiro
a cidade busca a sua reordenação
em dificuldade vive um verdadeiro
tempo consciente de transformação

Sonhando com novas perspectivas
Breves vai em busca de um amanhã
vislumbrando importantes iniciativas
como a reserva ambiental do Aramã

A gente boa dessa Capital das Ilhas
passa dificuldade, mas em compensação
ganha de certos caras de Brasília
nos quesitos honradez, disposição...

Escrevendo sua história com a tinta
avermelhada, cor do Açaí, do coração
o povo de Breves se vira nos trinta
faz de tudo, inventa tudo, é de ação

Povo como um dos muitos guerreiros
Pedro Silva, um Sumano empreendedor
Missionário, lavrador, marinheiro,
poeta da Vida, músico, compositor

Povo humilde valente, alma serena
vive a lição de vida de um irmão
o lendário Lecionador Mané Sena
a quem dedico essa singela canção

E me vindo aquele aperto no peito
batendo que nem batidas do violão
lembro Breves e seu Canal Estreito
Tajapurazando a vida, a navegação

Estreito do Tajapuru e no Ituquara
apesar do maldito truck-system, vil
os explorados ribeirinhos Marajoaras
são verdadeiros anjos na beira do rio

E por ali onde o Açaí é mais gostoso
lá donde Daniel Berg também navegou
o aperto de mão é sincero e caloroso
o povo ama do jeito que Jesus amou

E quando a Viola inquieta me aperta
lembrando Corcovado da Júlia, irmã
recordo o Pracaxi e o barco "O Profeta"
Missionário Marciel da Igreja Cristã

Breves que em cada Arraial ou Vila
tem um casal hospitaleiro acolhedor
que nos lembra de Áquila e Priscila
no dom supremo do verdadeiro amor

Breves, dos barcos e seus barqueiros
dos rios e tantos outros santos bens
repito o que diz um teu cancioneiro
"parabéns pelas coisas que tu tens"

"Eita Breves do meu tempo de criança
saudades da Linda Professora Nazaré
e duma outra Mulher Chamada Esperança
Ana Fagundes Cidadã Marajoara de Fé"

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara


terça-feira, 16 de agosto de 2011

CACHOEIRA DO ARARI, Encanto Marajoara





CACHOEIRA DO ARARI,
Encanto Marajoara

CACHOEIRA DO ARARI, uma jóia rara
no rio Arari é paraíso sem igual
que abriga belo Museu Marajoara
onde tem um vasto acervo cultural

Filha das águas, das corredeiras
e dos guerreiros Aruãs do Pacoval
a cidade do Arari lá da Cachoeira
é de grande pluralidade cultural

Cachoeira do Rio Arari Marajoara
tem algo que nos chama a atenção
Venda do Peixe Pendurado em Vara
na feira livre, e na embarcação

Arari das casas de palhas cabanas
cantadas no Pau e Corda do Carimbó
grupo Sancari, de Zezinho Viana
su homi, sumano caboclo do Marajó

Cachoeira por ser tão apaixonada
pelas coisas relacionadas à canção
A cultura marajoara está retratada
em permanente interativa exposição

E Arari ecoturística uma antologia
oferece abrigo ao Museu do Marajó
que guarda tesouros da arqueologia
achados nos rios, campos, no igapó

Padre Giovanni Gallo, um Italiano
fundou esse Museu com aquela visão
de expor tudo o que nossos sumanos
gostam de fazer e pegar com a mão

O Museu Marajoara muito visitado
tem um vasto acervo em exposição
tudo ali pode ser pegado, tocado
evidentemente com carinho, atenção

Belo Museu dos Marajoaras Cabanos
do grande Nazo do Pavulagem Arraial
considerado pelos caboclos sumanos
o mais lindo patrimônio cultural

Arari por ser um recanto encantado
em cada sua esquina você pode sentir
as letras de um escritor consagrado
marajoara saudoso Dalcídio Jurandir

Pra falar a verdade bem verdadeira
basta a gente de longe pressentir
"Chuvas lá nos "Campos de Cachoeira"
que logo vem lembranças de Jurandir

Lugar dos cantos, "Encanto Caboclo"
ah, quão bom poder galopar por aí
muitos sumanos por ti são loucos
sentem saudades dos ares do Arari

Muita gente de Icoaraci, Pedreira
que habita dentro ou fora do Pará
sonha rever os Campos de Cachoeira
e tomar banho de Chuvas sem parar

E o tempo inteiro sonha, imagina
poder voltar um dia pra mergulhar
pulando lá no Lago da Diamantina
depois atar uma rede e se balançar

Hospitaleira e pra lá de bonita
muita coisa se saboreia no Ararí
Carne de Sol, Linguiça bem Frita
no sossego do Caracará, do Aranaí

O Cardápio variado tem Canhapira
e caldeirada com tucupi e tamuatá
e tem também bolinho de traíra
do Caruará, do Camará, do Mauaná

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara


sábado, 13 de agosto de 2011

CHAVES, o Paraíso Marajoara





CHAVES,
o Paraíso Marajoara

CHAVES mais parece uma miragem
com tantas belezas nessa região
praias lindas, natural paisagem
grandes árvores, rica vegetação

Cidade maravilhosa, encantada
que pela oceânica localização
é considerada a mais ventilada
na amazônica marajoara região

A praia, uma dádiva, presente
lembra a forma de um vivo telão
além da originalidade existente
tem seis quilômetros de extensão

E por ser um presentão tamanho
a vontade enorme que ali se tem
é de ficar o dia todo no banho
sem lembrar de nada, de ninguém

Chaves em toda sua grande orla
lembra certa melodia sentimental
na cantoria, nas rodas de viola
em clave de sol, de mar, de lual

Por ali onde tudo tem mais beleza
você pode muito bem experimentar
um dedo de prosa com a natureza
conversar com ela até o sol raiar

Chaves da beleza impressionante
as suas paisagens é cenário ideal
pra todo cidadão amigo visitante
apaixonado pelo turismo ambiental

Por ali a gente diz pra Caviana
sua beleza incomparável é igual
aos encantos da menina Mexiana
com praias e vasta área campal

Lá você vive um tempão esperando
certo fenômeno incrível estrondar
e vai viver toda vida pororocando
nos sonhos, nos versos, no cantar

Em Chaves, tu navegas pororocando
nos estrondos onde você pode surfar
vendo o Atlântico cumprimentando
nosso respeitado Amazonas, Rio Mar

E além do fenômeno da Pororoca
Chaves é um lugar tão especial
que pelo arroz, milho, mandioca
quase todos moram na área rural

E pra quem busca um doce aconchego
ambiente de tranquilidade, de paz
por ali encontra além do sossego
ruas formadas por campos naturais

Região dos vastos campos bubalinos
vista de cima fica aquela impressão
que realmente foi feita pelo Divino
com aquela Mão de Artística Criação

Chaves é um Paraíso Verdadeiro
onde o povo no seu real valor
todo ano faz festa pro vaqueiro
e pro marajoara sumano pescador

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CURRALINHO, a Península Marajoara




CURRALINHO
a Península Marajoara

CURRALINHO aconchego do carinho
nas praias e festivais do Açaí
tem sempre reservado um cantinho
a todos que se achegam por ali

Lá onde as águas são instrumentos
de constantes comoventes desafios
a gente se depara com sete ventos
desaguando com sumanos sete rios

Por ali sete bocas a todo instante
são vozes de inquietas populações
ribeirinhas, irmãs dos navegantes
que se comovem com tantas aflições

Por isso que a cidade de Curralinho
lugar do estuário da contraposição
tem gente valente de muito carinho
cheio de candura e tanta indignação

Península da beleza, da exuberância
Cidade de uma brava gente de bem
fica a poucas horas de distância
do Ver-O-Peso da Morena de Belém

Curralinho tem lugares encantadores
como Prainha que refresca o coração
dos visitantes e de seus moradores
principalmente no período do verão

Apesar das dificuldades, carências
geradas por improbidade, má gestão
a população adquire a consciência
que a solução está na preservação

Estar nesse lugar é muito gostoso
pois o presente e futuro é provar
o Camarão pra lá de saboroso
e o Açaí, complemento alimentar

Sumano Açaí também tem seu dia
reservado nas festividades dali
onde o próprio rio Pará se delicia
com bolo, sorvetes, pudins de Açaí

Festival do Açaí lá em Curralinho
é coisa pra não se esquecer jamais
tem aguidá, vinho na hora fresquinho
concurso pra ver quem bebe mais

Majestosa menina linda folclorista
dos grupos representativos locais
e tem Mulheres do Paxiuba Artistas
que apresentam os seus potenciais

Curralinho da Vila Recreio encantada
saudades dos meus tempos de navegação
este poema vai pra tua gente honrada
que detesta picaretagem, corrupção

Gente pobre, mas honesta, verdadeira
mãos limpas no rio Pará, rio Piriá
que fazem paneiros, cestos, peneiras
e preparam o Açaí em bacia de aguidá

Curralinho das imponentes palmeiras
imperiais, soberanas como as do Açaí
pra tua gente guerreira hospitaleira
é que dedico esse singelo poema aqui

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

GURUPÁ, do Forte Marajoara





GURUPÁ
,
do Forte Marajoara

GURUPÁ no rio Amazonas admirável
tem nas unidades de conservação
Áreas de desenvolvimento sustentável
e gente boa, marajoara de coração

Antes dos tempos da Independência
embarcações do Amazonas, rio mar
já faziam respeitável reverências
pra Gurupá, um encanto de lugar

Ribeirinha, menina singela pacata
essa cidade tem a plena convicção
do valor das águas e virgem mata
sendo companheira da conservação

Gurupá fortaleza, é guerrilheira
que não se entrega a vil ambição
das insanas predadoras madeireiras
inimigas número UM da preservação

E apesar das enormes dificuldades
o irmão de Gurupá é gente que faz
pois luta com ética, integridade
ama a sua região e resiste na paz

Cidade das reservas extrativista
do contexto histórico socioambiental
dentre seus defensores ativistas
tem Edgar Pantoja poeta intelectual

Edgar como porta voz da mãe terra
sabe que a paz só irá mesmo reinar
quando destruírem as motosserras
e deixarem o nosso verde respirar

Ali um Forte sabe muitas histórias
sobre caravelas, canoas balsas, naus
pois é passagem mais que obrigatória
de Santarém-Macapá, de Belém-Manaus

Por ali onde a natureza é só orgulho
os manos açaizeiros sempre cantarão
pro sol, pra lua que tomam mergulho
com os ventos, com peixes e camarão

Em Gurupá você se levanta bem cedo
e nem sente falta da rede, do lençol
por que se vai prosear com o arvoredo
filho da águas e de um amazônico sol

Águas que trazem encantos manauaras
ah, somente elas sabem, mais ninguém
que Gurupá é porta que os Marajoaras
abrem pro Amazonas chegar até Belém

Em Gurupá o vento poeta carimbola
sentindo orgulho do sumano cidadão
Mocambo Comunidade dos Quilombolas
dos heróis dos tempos da escravidão

Menina ribeirinha cidade Amazonense
do Periquito, do Purucuí, do Marajoí
cabocla marajoara, sumana paraense
dos que manejam o Camarão e o Açaí

Lugar onde o sol sempre imponente
sorri pra Maria Ribeira, pro Jocojó
tantos Quilombolas e Remanescentes
guerreiros sumanos cabanos do Marajó

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

MELGAÇO, a Turquesa do Marajó







MELGAÇO,
a Turquesa do Marajó

"MELGAÇO" é um regaço de cidade
que perto do Marajó inspira canção
no recanto do Cantinho da Saudade

nas cantigas de Jaime, poeta irmão

Encravada bem no meio da floresta
proximidades das águas dos Igapós
ah, onde as estrelas fazem serestas
pros que vivem À MARGEM DOS MARAJÓS

Sem o foco da mídia, grande imprensa
e justamente À Margens dos Marajós
Melgaço se constitui em beleza imensa
que encanta e deslumbra a todos nós

Por ali você navega até dormindo
e se levanta renovado a cada manhã
vendo o sol saindo como sorrindo
lá das bandas da Ilha da Maracanã

Irmã dos ribeirinhos, das ribeirinhas
Melgaço é um desses pedaços de chão
amiga do peixe, do camarão, da farinha

do Açaí, do remo, canoa, embarcação

Ali o pessoal enfrenta dificuldades
(gerados pelos descasos governamentais)
mas inventa mais de mil e uma atividades
pesca, lavoura, trabalhos artesanais...

Sem frequentar a mídia sensacionalista 
a cidade serenamente sim "SE REPRODUZ

NA CONTRA MÃO DO SISTEMA CAPITALISTA" 
com dignidade e com muita fé em Jesus


Cidade que lembra a Turquesa Marajoara
um Ponto em Seguida na Beleza da Canção
tem Professor Hélio Pena, grande cara
saudoso Chico Mamede, cantador da região

Melgaço, regaço das minhas parentelas
eu quantas vezes já saboreei teu Açaí
 
lá pros rumos das lagoas mais belas

no rio Laguna, do Saparará, do Marajoí

Saparará, Marajoí, meus grandes amores
tenho certeza que é pras ILHARGAS dali
que o Arco-Íris ganha muito mais cores
por reverenciar as Tigelas do Açaí
Em Melgaço, em meio à gente serena 
ah, você não tem como não se encantar

com o sorriso de uma Flor de Madalena
gente da gente que aprendemos a amar

Lá em Melgaço você caminha pela orla
e sem perceber já começa a conversar

com os ventos que dão vida à marola
ao banzeiro, pleno sol ou pleno luar

Linda cidade cá eu deixo um abraço
aos sumanos poetas, doce prima Raquel
à tanta gente que é louca por Melgaço
primos Jaime, Marta, irmão Miguel...

Praquelas bandas um abraço envolvente
e um simples e sincero aperto de mão

tem o poder de mudar qualquer ambiente
por que traduzem a beleza do coração

Sim, por ali um aperto de mão caloroso
dado pelo povo da cidade ou do Igapó
ah, é mil e uma vezes bem mais valioso
que os dado por certa gente de paletó

Cidade onde Sonho faz parte do trabalho
       dos que buscam uma transformação real
visionários como Ricardo e Marluth Filho
lutam por Marajoara Universidade Federal

Linda Melgaço do meu povo hospitaleiro
dos marajós legítimos, de muita honradez
quão bom banhar na praia dos Jambeiros
conversando no nosso popular caboclês

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

O poema contém citações
de poetas e historiadores
de Melgaço, dentre eles:
Chico Mamede, autor
do Hino da Cidade;
Hélio Pena Baía, profesTsor e Historiador;
Agenor Sarraf Pacheco, poeta,
historiador e autor do livro
"À Margem dos Marajós";
E agradecimento ao primo poeta,
sumano irmão amigo, Jaime Adilton
que muito colaborou com esse poema