segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Belém, Princesa Flor do Grão Pará




Belém,

Princesa Flor do Grão Pará

I

Belém cidade que a todos fascina
as águas do rio Guamá, do Guajará
dizem que ela é aquela menina
linda Princesa Flor do Grão Pará

Desde os tempos de Brasil colônia
essa nossa Guajarina Princesa Flor
Sempre foi a Metrópole da Amazônia
com seu imenso coração acolhedor

Cidade das mais belas Tacacazeiras
ah, como é gostoso passear, caminhar
pelos serenos túneis de mangueiras
vendo e ouvindo passarinhada cantar

Belém dos solares e das serenatas
radiante é ver o sorriso de Fafá
ah, que saudades do Poeta Rui Barata
Maestro Waldemar Henrique Tambatajá

Cidade de um arborizado espaço
o importante Emílio Goeld Museu
conserva nos seus verdes traços
parte daquilo que Deus nos deu

E o Museu que fica bem na divisa
da paz com a importância ambiental
tem sido como Instituto de Pesquisa
Centro de referência internacional

Aqui, tem outro lugar específico
de Zoo-Jardim Botânico Municipal
é um belíssimo espaço científico
e respeitada Reserva Florestal

Bosque Rodrigues Alves sinfonia
na beleza de um Parque Natural
onde pesquisa e lazer em harmonia
convivem bem no centro da Capital

Espírito Cabano, coração aceso
inspirada pelos Ventos do bem
Belém vive vendo o valor do Peso
que cada um dos seus sumanos tem

Ah, Ver-O-Peso do Livre Pescado
Camarão, Frutas, Erva Medicinal
em Stands dos Sonhos Vivo Mercado
Patrimônio Histórico Internacional

Ver-O-Peso vislumbra as massas
velas, geleiras, farinha, tipití
frente um lindo Relógio na Praça
que tudo registra na Feira do Açaí

Ver-O-Rio vive vendo a verdura
a Tainha, Pratiqueira, o Mapará
e vê as diversidades de culturas
do nosso País que é chamado Pará

Belém amiga das Águas, dos Ventos
como palco foi Testemunha Ocular
de um dos mais belos movimentos
na bravura da indignação Popular

CABANOS, Caboclos, gente do Mato
lá dos Tapuiúis, das Cabanas, sim
Indignados tomam o poder de fato
comandados por Vinagre e Angelim

Bela Belém minha Capital Cabana
teus pratos de maniçoba e vatapá
dizem que tua estrela soberana
brilha tanto quanto àquela de Judá

Eita Flor menina, belíssima morena
das paixões fiéis no Souza, Curuzu
dos Fenômenos lá na Antonio Baena
Tuna Luso, Clube do Remo, Paysandu


I I

Cidade onde um padre abençoado
faz trabalho santo, libertador
Bruno Sequi do Menor Abandonado
da República do Pequeno Vendedor

Morena linda cheia dos encantos
Belém tem um certo ar arrebatador
nas esquinas dos versos, nos cantos
nas praças onde se proseia o amor

Cidade das acolhidas mais belas
cada casa parece pousada, pensão
parecendo ter mil e uma janelas
ar-condicionadas pelo Vento irmão

Vento Norte Guajarino tão Singelo
que cumpre muito bem sua missão
tal como o lindo Forte do Castelo
guardião e uma fonte de inspiração

E esse Vento que conta muitos causos
nas horas de bonança ou temporais
das Artes, lendas, mitos, aplausos
no breviário do seu Teatro da Paz

Conta dos Ceramistas, santos oleiros
que fazem e acontecem no Paracurí
bem pertinho da praia do Outeiro
da água de Coco na linda Icoaraci

Belém dos encantos mais encantados
tem um lugar gostoso pra se banhar
Mosqueiro onde o Chapéu é Virado
pros rumos do Marajó, irmão do mar

Nas Praias de Mosqueiro você delira
se banhando em Carananduba, no Farol
no Ariramba, Marahú, Bispo, Murubira
e vê o Amor do Luar com a Baía do Sol

Ah, Belém menina, morena bela sumana
é impossível não se apaixonar por ti
pois sei que tens corajosa alma cabana
e a beleza das Mangueiras, do Açaí

Cidade que vive a vida nos encantando
cada mangueira é fonte de inspiração
às folhas que caem como que dançando
colorindo encarpetando o nosso chão

Sem o IDH de certos planaltos urbanos
os teus Ventos te deram em compensação
o DNA do Coração sentimental humano
sem discriminar quem vem morar no teu chão

Belém é uma Flor Singela da Natureza
cuja beleza em parte vem de um pessoal
que longe daquela mania de grandeza,
tem a maior riqueza: o calor fraternal

Ah, Belém, Flor Singela, cidade minha
os teus poetas sempre te cantarolarão
nas esquinas das chuvas, tardezinhas
no Ver-O-Sol da manhã que se faz verão

Aqui pela vontade imensa e soberana
do povo que sofre todo tipo de perseguição
nossa ALDEIA sempre será chamada CABANA
em respeito a um Verdadeiro Cidadão

Cidade de um coração hospitaleiro
tem gente do baixo amazonas e do sal
que deseja um Pará Unido, Inteiro
desenvolvido, e com Justiça Social

Por aqui cada Avermelhada Bandeira
que identifica o Parauara nosso Açaí
deseja ver nossa Terra Unida, Inteira
do Amazonas até os rumos do Gurupí


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

Belém, Princesa Flor do Grão Pará I I







Belém,

Princesa Flor do Grão Pará

I I

Cidade onde um padre abençoado
faz trabalho santo, libertador
Bruno Sequi do Menor Abandonado
da República do Pequeno Vendedor

Morena linda cheia dos encantos
Belém tem um certo ar arrebatador
nas esquinas dos versos, nos cantos
nas praças onde se proseia o amor

Cidade das acolhidas mais belas
cada casa parece pousada, pensão
parecendo ter mil e uma janelas
ar-condicionadas pelo Vento irmão

Vento Norte Guajarino tão Singelo
que cumpre muito bem sua missão
tal como o lindo Forte do Castelo
guardião e uma fonte de inspiração

E esse Vento que conta muitos causos
nas horas de bonança ou temporais
das Artes, lendas, mitos, aplausos
no breviário do seu Teatro da Paz

Conta dos Ceramistas, santos oleiros
que fazem e acontecem no Paracurí
bem pertinho da praia do Outeiro
da água de Côco na linda Icoarací

Belém dos encantos mais encantados
tem um lugar gostoso pra se banhar
Mosqueiro onde o Chapéu é Virado
pros rumos do Marajó, irmão do mar

Nas Praias de Mosqueiro você delira
se banhando em Carananduba, no Farol
no Ariramba, Marahú, Bispo, Murubira
e vê o Amor do Luar com a Baía do Sol

Ah, Belém menina, morena bela sumana
é impossível não se apaixonar por ti
pois sei que tens corajosa alma cabana
e a beleza das Mangueiras, do Açaí

Cidade que vive a vida nos encantando
cada mangueira é fonte de inspiração
às folhas que caem como que dançando
colorindo encarpetando o nosso chão

Sem o IDH de certos planaltos urbanos
os teus Ventos te deram em compensação
o DNA do Coração sentimental humano
sem discriminar quem vem morar no teu chão

Belém é uma Flor Singela da Natureza
cuja beleza em parte vem de um pessoal
que longe daquela mania de grandeza,
tem a maior riqueza: o calor fraternal

Ah, Belém, Flor Singela, cidade minha
os teus poetas sempre te cantarolarão
nas esquinas das chuvas, tardezinhas
no Ver-O-Sol da manhã que se faz verão

Aqui pela vontade imensa e soberana
do povo que sofre todo tipo de perseguição
nossa ALDEIA sempre será chamada CABANA
em respeito a um Verdadeiro Cidadão

Cidade de um coração hospitaleiro
tem gente do baixo amazonas e do sal
que deseja um Pará Unido, Inteiro
desenvolvido, e com Justiça Social

Por aqui cada Avermelhada Bandeira
que identifica o Parauara nosso Açaí
deseja ver nossa Terra Unida, Inteira
do Amazonas até os rumos do Gurupí

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Museu do Marajó dos Motivos Encantados






Museu do Marajó
dos Motivos Encantados

Pense num espaço que foi criado
para que se aguce a imaginação
de quem tendo dedos delicados
enxerga com o olhar do coração

Espaço para expor a regionalidade
o Museu do Marajó é um lugar
onde você fica super à vontade
com liberdade de poder tudo tocar

Giovanni Gallo, padre visionário
cria esse Museu com a pretensão
de unir num espaço comunitário
a ciência, a arte e a imaginação

Vasto acervo de enorme significado
preciosidades das artes manuais
heranças dos queridos antepassados
pais dos artistas populares atuais

Lugar em que se promove, valoriza
as artes dessa amazônica região
mostra relíquias, peças interativas
aguçando o curioso toque da mão

Desenvolvido para quem é amante
da arqueologia e valores culturais
o museu interage com o visitante
que busca pesquisar cada vez mais

Vasos, jarros, estatuetas, potes...
cachimbos, cuias, urnas funerais
memórias dos primitivos do norte
natos artistas, fabulosos, geniais

Valores culturais santos achados
nas fazendas, lagos, rios, igapós
e que foram doados de bom grados
ao acervo do Museu dos Marajós

Acervos dos mais requintados toques
que sem o Museu do Marajó, no Arari
estariam certamente em Nova Iorque
Londres, Paris, Amsterdam, Madri

Nesse Museu você também se depara
com tantas obras de artes magistrais
de Sumanas e Sumanos Marajoaras
lindos artistas populares locais

Pra nós é o Museu mais lindo do mundo
pois tudo o que se vê em exposição
nos transporta ao íntimo, profundo
da beleza da reflexão, contemplação

Em meio às Cerâmicas e Cestarias
dos motivos ancestrais e atuais
ah, você sonha pescando sabedoria
e brinca como nos lindos arraiais

E por ali, pescando conhecimento
você descobre que o Marajoara Museu
além da pesquisa e do divertimento
como escola é um verdadeiro Liceu

Liceu dos aprendizados encantadores
patrimônio dos caboclos brincalhões
que improvisam simples computadores
com perguntas, charadas, adivinhações

Por ali o idioma mais pronunciado
tá longe de ser o intruso português
é o Tupi dos nossos antepassados
língua sumana do popular caboclês

Ali o dicionário da vergonha branca
diz que o racismo continua sendo normal
mas um dia a inteligência ainda desbanca
o preconceito que precisa ter um final

Museu das exposições mais belas
onde um público cativo bem fiel
Lembra o Nazo rodando a manivela
das Toadas pras Estrelas lá do Céu

Ali você vive uma fantástica viagem
navegando nos fragmentos da emoção
de cada dedo que toca a arte, a imagem
no olhar Clínico da alma, do coração

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Açaí, Sabor Amazônico, Parauara, Marajoara


O Açaí,
Sabor Amazônico, Parauara, Marajoara

Lá no centro das brenhas das matas
nas beiras de rios, muitos quintais
ele vem em paneiros, sacas, latas
pra ser um dos alimentos principais

Orgulho do povão amazônico nativo
Euterpe oleracea, o conhecido Açaí
é um fruto de grande poder nutritivo
de suma importância pra gente daqui



O Açaí, com os auxílios da Peconha,
um cinto de fibra posto nos pés,
é extraído por essa gente que sonha
e trabalha junto a rios, igarapés

Peconheiros, peconheiras almas puras
gente que sobe lá inriba pra apanhá
em quinze, vinte metros de altura
i u aperpara em batedêra ou aguidá


Saboreado com Farinha de Mandioca
o Vinho do Açaí, santa alimentação
também é muito apreciado com Tapioca
isso vareia, vai do gosto do povão

o Sumano Açaí, pão nosso de cada dia
de muitos lares da cidade e interior
em tantas lanchonetes e academias
já vê reconhecido o seu real valor


Alimento importante sempre presente
na vida da nossa marajoara região
principalmente na mesa do carente
onde é praticamente uma obrigação


O que temos da mais absoluta certeza
é que esse Fruto, pra lá de especial
presente de Deus, dádiva da Natureza
é riquíssimo no seu poder nutricional

Mas houve tempo que o capital maldito
quase leva o nosso Açaí à extinção
em insanos cinco centavos por um palmito
por puro capricho da patroa do patrão

Gente insana estrangeira, forasteira
mente doentia de longe, dos cafundós
estimulando assassinatos das Palmeiras
sonegam a benção que Deus deu à nós


Por outro lado, palmito é um enlatado
que além de ser inimigo do matagal
faz muito mal à saude, e tá comprovado
pois é conservado à base de água e sal

Palmitos enlatados significa matança
indiscriminada de palmeiras divinais
fonte alimentar do adulto, da criança
das tigelas, batedeiras, dos aguidás





E quando um Açaizeiro é assassinado
seja por festa junina ou por palmital
tá se cometendo um grande atentado
comunitário, humanitário e ambiental

E hoje em dia inúmeras comunidades
dos Arraiais Marajoaras à Inhangapi
reverenciam em bonitas festividades
o precioso, delicioso querido Açaí

Comunidades, Cidades queridas belas
que dão valor ao ouro negro daqui
apreciado em copos, pratos, tigelas
e eu já vi até em cascos de Jabuti

Hoje, ele atravessa os sete mares
inclusive os das salas laboratoriais
combatendo doenças cardiovasculares
com fibras, cálcio, sais minerais

Excelente energético, ah, que beleza
Açaí reforça a saúde física e mental
por ser a fruta mais rica da natureza
com justiça ganha fama internacional

Euterpe oleracea, o Açaí ou Juçara
se faz Vinho, Sorvete, geléia, mingau
Sabor Amazônico, Parauara, Marajoara
é do mais perfeito manejo florestal

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Baía do Marajó, o Mar dos Marajoaras






Baía do Marajó
O Mar dos Marajoaras

Menina dos misteriosos encantos
os que não conhecem o seu mar
dizem que cria espanto, pranto
aos que vivem a lhe atravessar

Mas quem atravessa a nossa Baía
pra todo o sempre se inundará
em lembranças na maré da poesia
no Estuário do famoso rio Pará

E a Baía das maresias marajoara
nunca pensa em fazer mal a ninguém
sua correnteza aproxima e separa
o Marajó das quebradas de Belém

Um Mar de água pra lá de imenso
local onde é comum se avistar
movimento de navegação intenso
barcos indo e vindo sem parar

Irmã de quem exerce praticagem
à bombordo, à boreste do Timão
da pequena à grande cabotagem
companheira da sumana embarcação

Menina das correntes marítimas
nossa Baía respeitada sim senhor
é guardiã, legendária, legítima
do vento que do Marajó é tradutor

É por lá que se guarda um segredo
a sete chaves, e na palma do Timão:
"É preciso atravessá-la sem medo
e navegando com Deus no Coração"

Quem não conhece as suas magias
e a atravessa sem sua permissão
ainda mais se for durante o dia
vai ver o peso de muita aflição

Dama encantada que nunca cansa
de inspirar e transpirar canção
ela somente oferece segurança
aos apaixonados pela navegação

Os que a atravessam de madrugada
na santa calmaria dão a entender:
A Natureza tem que ser respeitada,
pois é obra do Deus que tem Poder

Por ali a Natureza sempre insiste
deixar claro ao banzeiro agitador
que o Deus da Vida de fato existe
e protege passageiro e navegador

E quem ali avista só Céu e Água
desejando ficar com limpo coração
deixa que a maré leve as mágoas
direto às ribanceiras do perdão

Nas cantorias, nas mil e uma preces
de quem te atravessa cedo, manhã
ah, linda Baía ninguém te esquece
navegantes, balsa, canoa, catamarã

Companheira sumana minha, me perdoa
tu que sempre me tratastes com amor
eu sei que abandonei as tuas canoas
mas farinhando continuo um navegador

Eu que nunca passei por ti sozinho
o Deus da Vida nunca me deixou só
sabe que te relembro com carinho
Baía querida do teu povo, o Marajó

Cada Boto que em tua maré mergulha
até o dia do infinito cantarolará
"o Povo Marajoara tanto se orgulha
de pertencer a um País Chamado Pará"

Por ali onde os Ventos fazem versos
a Maresia vive sempre a se encantar
com o mais lindo romance do universo:
o do Sol com menina chamada Luar

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara