quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Xingu Vivo





X avantes e tantas etnias
I ndignados dizem à nação
N ão às covardes tiranias
G eradoras de sujas energias
U sinas de morte, inundação

V ozes ribeirinhas e correntezas
I nquietas pedem à você
V enha defender a natureza
O rio Xingu precisa viver


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Geraldo Vandré. Pra Não Dizer Que Não Falei Dum Poeta


Geraldo Vandré
Pra Não Dizer Que Não Falei Dum Poeta

Um Nordestino, Paraibano Menino
Militante do Movimento Estudantil
ele simplesmente compôs um hino
cantarolado por toda Sociedade Civíl

Lá um dia esse poeta cancioneiro
depois de formado advogado doutor
continua vivendo no Rio de Janeiro
como popular compositor, cantador

o Menino praquelas sudestes bandas
conhece Carlos Lyra, grande cantor
com quem parceiriza canções "Aruanda"
também "Quem Quiser Encontrar o Amor"

Sessenta e quatro, inesquecível ano
começo das noites e dias de breus
o tal Menino Cancioneiro Paraibano
grava entre tantas "Fica Mal com Deus"

Em sessenta e seis, com povo na rua
e num Festival de Música Popular
Disparada, uma belíssima cantiga sua
consegue arrebatar o primeiro lugar

Alí, em singelo recado à quartelada
e à quem lutava contra a repressão
diz que veio do Sertão em "Disparada"
e aprendeu muito bem a "Dizer Não"

E Jair Rodrigues até se emocionava
cantando "Eu Não Canto Pra Enganar"
e o povão no Festival se levantava
completando "Posso Não Lhe Agradar"

Em Sessenta e oito, com uma voz rouca
o Menino Paraibano faz todo o povão
cantar contra a dita quartelada louca
caminhando, cantando, seguindo a canção

E Geraldo Vandré, menino inspirado
cantando, sugeria uma linda opção
contra os fuzis do regime fardado
oferecia Revolucionária Flor na Mão

Cantiga pacifista das mais serenas
a mais libertária que já se produziu,
Vandré, utilizando dois acordes apenas,
respondia às baionetas, ao fuzil

Sem as complicadas notas dissonantes
essa canção se tornou a predileção
principalmente de cantadores iniciantes
que abraçam um companheiro Violão

Em Mi Menor, Ré Maior, facilitados
o Violão de iniciante ou profissional
fez com que essa canção por todo lado
fosse cantada como um Hino Nacional

E a letra do Paraibano Cancioneiro
dizendo que todos nós somos iguais
era cantada por inúmeros companheiros
inclusive lá nas Bases Pastorais

Nelson Rodrigues disse com clareza
em artigo que poucas vezes ele viu
uma Marselhesa tão pouco Marselhesa
num solo violentado, nosso Brasil

Embora não tenha sido a vencedora
do Festival Internacional da Canção
essa Cantiga por ser tão arrebatadora
foi a Primeira Colocada para o Povão

É claro que essa cantoria de vida
cantada inclusive em missas e funerais
acabou sendo censurada, proibida
pela implacável fúria dos generais

Nos tempos de selvageria, violência
exílio, porão, torturadores, prisão...
esse Hino incitava o Povo à Resistência
Caminhando, Cantando, Seguindo a Canção

Canção que além de ter bela melodia
e seus versos de fáceis memorização
ah, é um tratado de verdadeira Poesia
e na linguagem falada pela multidão

Grande Vandré Companheiro, Camarada
a tua cantiga de luta, de encorajar
entoada por Estudante Cara Pintada
também foi o Hino das Diretas Já

Aqueles que realmente amam a poesia
sabem que poeta poema pra quem quiser.
Sem compromisso com Igreja, Ideologia...
Canta pra flor, pro amor, pra mulher...

Um poeta cantoreia com a Consciência
ética plena do seu soberano ser
e deve ter irrestrita independência
pra agir de acordo com o seu querer

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
simplesmente quer queiram, quer não
além de derrubar golpistas ditadores
ainda incomoda o latifundio, o patrão

Ah, todas e Todos que amam a magia
da Cantoria de Amor, Paz, Indignação
torcem para que Vandré retorne um dia
Pois tem lugar cativo em cada coração

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Belém, Princesa Flor do Grão Pará




Belém,

Princesa Flor do Grão Pará

I

Belém cidade que a todos fascina
as águas do rio Guamá, do Guajará
dizem que ela é aquela menina
linda Princesa Flor do Grão Pará

Desde os tempos de Brasil colônia
essa nossa Guajarina Princesa Flor
Sempre foi a Metrópole da Amazônia
com seu imenso coração acolhedor

Cidade das mais belas Tacacazeiras
ah, como é gostoso passear, caminhar
pelos serenos túneis de mangueiras
vendo e ouvindo passarinhada cantar

Belém dos solares e das serenatas
radiante é ver o sorriso de Fafá
ah, que saudades do Poeta Rui Barata
Maestro Waldemar Henrique Tambatajá

Cidade de um arborizado espaço
o importante Emílio Goeld Museu
conserva nos seus verdes traços
parte daquilo que Deus nos deu

E o Museu que fica bem na divisa
da paz com a importância ambiental
tem sido como Instituto de Pesquisa
Centro de referência internacional

Aqui, tem outro lugar específico
de Zoo-Jardim Botânico Municipal
é um belíssimo espaço científico
e respeitada Reserva Florestal

Bosque Rodrigues Alves sinfonia
na beleza de um Parque Natural
onde pesquisa e lazer em harmonia
convivem bem no centro da Capital

Espírito Cabano, coração aceso
inspirada pelos Ventos do bem
Belém vive vendo o valor do Peso
que cada um dos seus sumanos tem

Ah, Ver-O-Peso do Livre Pescado
Camarão, Frutas, Erva Medicinal
em Stands dos Sonhos Vivo Mercado
Patrimônio Histórico Internacional

Ver-O-Peso vislumbra as massas
velas, geleiras, farinha, tipití
frente um lindo Relógio na Praça
que tudo registra na Feira do Açaí

Ver-O-Rio vive vendo a verdura
a Tainha, Pratiqueira, o Mapará
e vê as diversidades de culturas
do nosso País que é chamado Pará

Belém amiga das Águas, dos Ventos
como palco foi Testemunha Ocular
de um dos mais belos movimentos
na bravura da indignação Popular

CABANOS, Caboclos, gente do Mato
lá dos Tapuiúis, das Cabanas, sim
Indignados tomam o poder de fato
comandados por Vinagre e Angelim

Bela Belém minha Capital Cabana
teus pratos de maniçoba e vatapá
dizem que tua estrela soberana
brilha tanto quanto àquela de Judá

Eita Flor menina, belíssima morena
das paixões fiéis no Souza, Curuzu
dos Fenômenos lá na Antonio Baena
Tuna Luso, Clube do Remo, Paysandu


I I

Cidade onde um padre abençoado
faz trabalho santo, libertador
Bruno Sequi do Menor Abandonado
da República do Pequeno Vendedor

Morena linda cheia dos encantos
Belém tem um certo ar arrebatador
nas esquinas dos versos, nos cantos
nas praças onde se proseia o amor

Cidade das acolhidas mais belas
cada casa parece pousada, pensão
parecendo ter mil e uma janelas
ar-condicionadas pelo Vento irmão

Vento Norte Guajarino tão Singelo
que cumpre muito bem sua missão
tal como o lindo Forte do Castelo
guardião e uma fonte de inspiração

E esse Vento que conta muitos causos
nas horas de bonança ou temporais
das Artes, lendas, mitos, aplausos
no breviário do seu Teatro da Paz

Conta dos Ceramistas, santos oleiros
que fazem e acontecem no Paracurí
bem pertinho da praia do Outeiro
da água de Coco na linda Icoaraci

Belém dos encantos mais encantados
tem um lugar gostoso pra se banhar
Mosqueiro onde o Chapéu é Virado
pros rumos do Marajó, irmão do mar

Nas Praias de Mosqueiro você delira
se banhando em Carananduba, no Farol
no Ariramba, Marahú, Bispo, Murubira
e vê o Amor do Luar com a Baía do Sol

Ah, Belém menina, morena bela sumana
é impossível não se apaixonar por ti
pois sei que tens corajosa alma cabana
e a beleza das Mangueiras, do Açaí

Cidade que vive a vida nos encantando
cada mangueira é fonte de inspiração
às folhas que caem como que dançando
colorindo encarpetando o nosso chão

Sem o IDH de certos planaltos urbanos
os teus Ventos te deram em compensação
o DNA do Coração sentimental humano
sem discriminar quem vem morar no teu chão

Belém é uma Flor Singela da Natureza
cuja beleza em parte vem de um pessoal
que longe daquela mania de grandeza,
tem a maior riqueza: o calor fraternal

Ah, Belém, Flor Singela, cidade minha
os teus poetas sempre te cantarolarão
nas esquinas das chuvas, tardezinhas
no Ver-O-Sol da manhã que se faz verão

Aqui pela vontade imensa e soberana
do povo que sofre todo tipo de perseguição
nossa ALDEIA sempre será chamada CABANA
em respeito a um Verdadeiro Cidadão

Cidade de um coração hospitaleiro
tem gente do baixo amazonas e do sal
que deseja um Pará Unido, Inteiro
desenvolvido, e com Justiça Social

Por aqui cada Avermelhada Bandeira
que identifica o Parauara nosso Açaí
deseja ver nossa Terra Unida, Inteira
do Amazonas até os rumos do Gurupí


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

Belém, Princesa Flor do Grão Pará I I







Belém,

Princesa Flor do Grão Pará

I I

Cidade onde um padre abençoado
faz trabalho santo, libertador
Bruno Sequi do Menor Abandonado
da República do Pequeno Vendedor

Morena linda cheia dos encantos
Belém tem um certo ar arrebatador
nas esquinas dos versos, nos cantos
nas praças onde se proseia o amor

Cidade das acolhidas mais belas
cada casa parece pousada, pensão
parecendo ter mil e uma janelas
ar-condicionadas pelo Vento irmão

Vento Norte Guajarino tão Singelo
que cumpre muito bem sua missão
tal como o lindo Forte do Castelo
guardião e uma fonte de inspiração

E esse Vento que conta muitos causos
nas horas de bonança ou temporais
das Artes, lendas, mitos, aplausos
no breviário do seu Teatro da Paz

Conta dos Ceramistas, santos oleiros
que fazem e acontecem no Paracurí
bem pertinho da praia do Outeiro
da água de Côco na linda Icoarací

Belém dos encantos mais encantados
tem um lugar gostoso pra se banhar
Mosqueiro onde o Chapéu é Virado
pros rumos do Marajó, irmão do mar

Nas Praias de Mosqueiro você delira
se banhando em Carananduba, no Farol
no Ariramba, Marahú, Bispo, Murubira
e vê o Amor do Luar com a Baía do Sol

Ah, Belém menina, morena bela sumana
é impossível não se apaixonar por ti
pois sei que tens corajosa alma cabana
e a beleza das Mangueiras, do Açaí

Cidade que vive a vida nos encantando
cada mangueira é fonte de inspiração
às folhas que caem como que dançando
colorindo encarpetando o nosso chão

Sem o IDH de certos planaltos urbanos
os teus Ventos te deram em compensação
o DNA do Coração sentimental humano
sem discriminar quem vem morar no teu chão

Belém é uma Flor Singela da Natureza
cuja beleza em parte vem de um pessoal
que longe daquela mania de grandeza,
tem a maior riqueza: o calor fraternal

Ah, Belém, Flor Singela, cidade minha
os teus poetas sempre te cantarolarão
nas esquinas das chuvas, tardezinhas
no Ver-O-Sol da manhã que se faz verão

Aqui pela vontade imensa e soberana
do povo que sofre todo tipo de perseguição
nossa ALDEIA sempre será chamada CABANA
em respeito a um Verdadeiro Cidadão

Cidade de um coração hospitaleiro
tem gente do baixo amazonas e do sal
que deseja um Pará Unido, Inteiro
desenvolvido, e com Justiça Social

Por aqui cada Avermelhada Bandeira
que identifica o Parauara nosso Açaí
deseja ver nossa Terra Unida, Inteira
do Amazonas até os rumos do Gurupí

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Museu do Marajó dos Motivos Encantados






Museu do Marajó
dos Motivos Encantados

Pense num espaço que foi criado
para que se aguce a imaginação
de quem tendo dedos delicados
enxerga com o olhar do coração

Espaço para expor a regionalidade
o Museu do Marajó é um lugar
onde você fica super à vontade
com liberdade de poder tudo tocar

Giovanni Gallo, padre visionário
cria esse Museu com a pretensão
de unir num espaço comunitário
a ciência, a arte e a imaginação

Vasto acervo de enorme significado
preciosidades das artes manuais
heranças dos queridos antepassados
pais dos artistas populares atuais

Lugar em que se promove, valoriza
as artes dessa amazônica região
mostra relíquias, peças interativas
aguçando o curioso toque da mão

Desenvolvido para quem é amante
da arqueologia e valores culturais
o museu interage com o visitante
que busca pesquisar cada vez mais

Vasos, jarros, estatuetas, potes...
cachimbos, cuias, urnas funerais
memórias dos primitivos do norte
natos artistas, fabulosos, geniais

Valores culturais santos achados
nas fazendas, lagos, rios, igapós
e que foram doados de bom grados
ao acervo do Museu dos Marajós

Acervos dos mais requintados toques
que sem o Museu do Marajó, no Arari
estariam certamente em Nova Iorque
Londres, Paris, Amsterdam, Madri

Nesse Museu você também se depara
com tantas obras de artes magistrais
de Sumanas e Sumanos Marajoaras
lindos artistas populares locais

Pra nós é o Museu mais lindo do mundo
pois tudo o que se vê em exposição
nos transporta ao íntimo, profundo
da beleza da reflexão, contemplação

Em meio às Cerâmicas e Cestarias
dos motivos ancestrais e atuais
ah, você sonha pescando sabedoria
e brinca como nos lindos arraiais

E por ali, pescando conhecimento
você descobre que o Marajoara Museu
além da pesquisa e do divertimento
como escola é um verdadeiro Liceu

Liceu dos aprendizados encantadores
patrimônio dos caboclos brincalhões
que improvisam simples computadores
com perguntas, charadas, adivinhações

Por ali o idioma mais pronunciado
tá longe de ser o intruso português
é o Tupi dos nossos antepassados
língua sumana do popular caboclês

Ali o dicionário da vergonha branca
diz que o racismo continua sendo normal
mas um dia a inteligência ainda desbanca
o preconceito que precisa ter um final

Museu das exposições mais belas
onde um público cativo bem fiel
Lembra o Nazo rodando a manivela
das Toadas pras Estrelas lá do Céu

Ali você vive uma fantástica viagem
navegando nos fragmentos da emoção
de cada dedo que toca a arte, a imagem
no olhar Clínico da alma, do coração

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Açaí, Sabor Amazônico, Parauara, Marajoara


O Açaí,
Sabor Amazônico, Parauara, Marajoara

Lá no centro das brenhas das matas
nas beiras de rios, muitos quintais
ele vem em paneiros, sacas, latas
pra ser um dos alimentos principais

Orgulho do povão amazônico nativo
Euterpe oleracea, o conhecido Açaí
é um fruto de grande poder nutritivo
de suma importância pra gente daqui



O Açaí, com os auxílios da Peconha,
um cinto de fibra posto nos pés,
é extraído por essa gente que sonha
e trabalha junto a rios, igarapés

Peconheiros, peconheiras almas puras
gente que sobe lá inriba pra apanhá
em quinze, vinte metros de altura
i u aperpara em batedêra ou aguidá


Saboreado com Farinha de Mandioca
o Vinho do Açaí, santa alimentação
também é muito apreciado com Tapioca
isso vareia, vai do gosto do povão

o Sumano Açaí, pão nosso de cada dia
de muitos lares da cidade e interior
em tantas lanchonetes e academias
já vê reconhecido o seu real valor


Alimento importante sempre presente
na vida da nossa marajoara região
principalmente na mesa do carente
onde é praticamente uma obrigação


O que temos da mais absoluta certeza
é que esse Fruto, pra lá de especial
presente de Deus, dádiva da Natureza
é riquíssimo no seu poder nutricional

Mas houve tempo que o capital maldito
quase leva o nosso Açaí à extinção
em insanos cinco centavos por um palmito
por puro capricho da patroa do patrão

Gente insana estrangeira, forasteira
mente doentia de longe, dos cafundós
estimulando assassinatos das Palmeiras
sonegam a benção que Deus deu à nós


Por outro lado, palmito é um enlatado
que além de ser inimigo do matagal
faz muito mal à saude, e tá comprovado
pois é conservado à base de água e sal

Palmitos enlatados significa matança
indiscriminada de palmeiras divinais
fonte alimentar do adulto, da criança
das tigelas, batedeiras, dos aguidás





E quando um Açaizeiro é assassinado
seja por festa junina ou por palmital
tá se cometendo um grande atentado
comunitário, humanitário e ambiental

E hoje em dia inúmeras comunidades
dos Arraiais Marajoaras à Inhangapi
reverenciam em bonitas festividades
o precioso, delicioso querido Açaí

Comunidades, Cidades queridas belas
que dão valor ao ouro negro daqui
apreciado em copos, pratos, tigelas
e eu já vi até em cascos de Jabuti

Hoje, ele atravessa os sete mares
inclusive os das salas laboratoriais
combatendo doenças cardiovasculares
com fibras, cálcio, sais minerais

Excelente energético, ah, que beleza
Açaí reforça a saúde física e mental
por ser a fruta mais rica da natureza
com justiça ganha fama internacional

Euterpe oleracea, o Açaí ou Juçara
se faz Vinho, Sorvete, geléia, mingau
Sabor Amazônico, Parauara, Marajoara
é do mais perfeito manejo florestal

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Baía do Marajó, o Mar dos Marajoaras






Baía do Marajó
O Mar dos Marajoaras

Menina dos misteriosos encantos
os que não conhecem o seu mar
dizem que cria espanto, pranto
aos que vivem a lhe atravessar

Mas quem atravessa a nossa Baía
pra todo o sempre se inundará
em lembranças na maré da poesia
no Estuário do famoso rio Pará

E a Baía das maresias marajoara
nunca pensa em fazer mal a ninguém
sua correnteza aproxima e separa
o Marajó das quebradas de Belém

Um Mar de água pra lá de imenso
local onde é comum se avistar
movimento de navegação intenso
barcos indo e vindo sem parar

Irmã de quem exerce praticagem
à bombordo, à boreste do Timão
da pequena à grande cabotagem
companheira da sumana embarcação

Menina das correntes marítimas
nossa Baía respeitada sim senhor
é guardiã, legendária, legítima
do vento que do Marajó é tradutor

É por lá que se guarda um segredo
a sete chaves, e na palma do Timão:
"É preciso atravessá-la sem medo
e navegando com Deus no Coração"

Quem não conhece as suas magias
e a atravessa sem sua permissão
ainda mais se for durante o dia
vai ver o peso de muita aflição

Dama encantada que nunca cansa
de inspirar e transpirar canção
ela somente oferece segurança
aos apaixonados pela navegação

Os que a atravessam de madrugada
na santa calmaria dão a entender:
A Natureza tem que ser respeitada,
pois é obra do Deus que tem Poder

Por ali a Natureza sempre insiste
deixar claro ao banzeiro agitador
que o Deus da Vida de fato existe
e protege passageiro e navegador

E quem ali avista só Céu e Água
desejando ficar com limpo coração
deixa que a maré leve as mágoas
direto às ribanceiras do perdão

Nas cantorias, nas mil e uma preces
de quem te atravessa cedo, manhã
ah, linda Baía ninguém te esquece
navegantes, balsa, canoa, catamarã

Companheira sumana minha, me perdoa
tu que sempre me tratastes com amor
eu sei que abandonei as tuas canoas
mas farinhando continuo um navegador

Eu que nunca passei por ti sozinho
o Deus da Vida nunca me deixou só
sabe que te relembro com carinho
Baía querida do teu povo, o Marajó

Cada Boto que em tua maré mergulha
até o dia do infinito cantarolará
"o Povo Marajoara tanto se orgulha
de pertencer a um País Chamado Pará"

Por ali onde os Ventos fazem versos
a Maresia vive sempre a se encantar
com o mais lindo romance do universo:
o do Sol com menina chamada Luar

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

sábado, 24 de setembro de 2011

Dalcídio Jurandir, o Marajoara do Século Vinte




Dalcídio Jurandir
O Marajoara do Século Vinte

Ah, Cachoeira do Arari predestinada
nos remansos das águas do teu sorrir
Pontas de muitas Pedras são lapidadas
pelos romances de Dalcídio Jurandir

Menino com uma incrível facilidade
de narrar vaqueiros, canoas, o rio
foi sem dúvida a maior personalidade
literária que o Marajó já produziu

Jornalista de alma revolucionária
simplesmente brilhante intelectual
de uma riquíssima produção literária
poética, romântica, concreta, social

Dalcídio utilizava sua literatura
num fantástico esclarecedor desafio
que denunciava a social estrutura
exploradora no Norte do nosso Brasil

Homem Romântico, realista, engajado
conhecimento de causa sobre seu país
um certo dia das mãos de Jorge Amado
recebeu o Prêmio Machado de Assis

Marajoara que tinha talento de sobra
ao retratar aspectos sociais, regionais
é premiado pelo conjunto da sua obra
recheado de tantos valores culturais

Intelectual ligado aos apelos populares
sabia facilmente se fazer compreender
enfrentando o ódio de fascistas olhares
que por anos foram os donos do poder

Antes ou mesmo depois de ser conhecido
o romancista Jurandir acalentando sai
imaginando Campos Marajoaras floridos
como os das fotos dos álbuns de seu pai

Sujeito de uma polidez impressionante
o escritor Dalcídio Jurandir era um ser
de origem humilde, e educação marcante
finos tratos, afetividades no conviver

Marajoara sumano de narrativa poética,
socialista na literatura e na ação,
viajou inclusive à União Soviética
onde sua obra teve vasta divulgação

Romancista, regionalista brasileiro
de Cachoeira da chuvarada, do toró
foi pros rumos do Rio de Janeiro
ah, mas nunca esqueceu o seu Marajó

Marajoara esclarecido, revolucionário
com espírito formador da imaginação,
foi o homem dos romances proletários
um lindo escritor de popular erudição

Dalcídio, "OS HABITANTES" das "RIBANCEIRAS"
na "PONTE DO GALO" em "BELÉM DO GRÃO PARÁ"
sabem que "CHOVE NOS CAMPOS DE CACHOEIRA"
lá no "MARAJÓ" que sempre te reverenciará

PASSAGEM DOS INOCENTES, CHÃO DOS LOBOS
PRIMEIRA MANHÃ, TRÊS CASAS E UM RIO
todo mundo sabe, pois não somos bobos
és dos maiores escritores desse Brasil

Personalidade Marajoara do século vinte
que nas "Linhas dos Parques" culturais
escrevia com simplicidade e requinte
como uns tantos da galeria dos imortais

Grande Amazônida, Paraense, Parauara
o fantástico escritor Dalcídio Jurandir
é um imortal pro nosso povo Marajoara
por sua militância no escrever e no agir

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara


sábado, 17 de setembro de 2011

Giovanni Gallo, o Ítalo-Marajoara




Giovanni Gallo,
o Ítalo-Marajoara

Dizem que d'outro lado do Oceano
certo homem entusiasmado decidiu
deixar o seu aconchego italiano
em prol dos desassistidos do Brasil

E veio pros rumos de Cachoeira
do Arari, Jenipapo, Santa Cruz
pras ilhargas das ribanceiras
sem posto médico, telefone, luz

Padre da Ordem dos Jesuítas
na realidade vai ver e viver
dura realidade das Palafitas
sem água potável e pouco comer

Homem libertário e visionário
fez no sacerdócio linda missão
colégio que ia além do primário
e posto de saúde pra população

Perfil Libertário, carismático
fez com que sofresse retaliação
de governantes e eclesiásticos
nos anos de chumbo, de repressão

Tachado de religioso subversivo
como homem de ação, muito sonhar
fez acontecer dando incentivos
em projetos de interesse popular

O italiano religioso, teólogo
Giovanni Galo era pesquisador
grande fotógrafo e arqueólogo
um intelectual, poeta escritor

O HOMEM QUE IMPLODIU bem às claras
ORNAMENTAVA descrevendo o MARAJÓ
nos MOTIVOS DA CERÂMICA MARAJOARA
na DITADURA DA ÁGUA do rio e igapó

Por ali ele descobriu um segredo
o brasileiro é um povo particular
“tem olhos na pontinha dos dedos
porque tudo o que vê quer tocar”

Tendo em mente as pontas dos dedos
criou pro povo do campo, do igapó
um espaço como um grande brinquedo
lá no Arari, "O Museu do Marajó”

Museu recheado do puro carinho
retrata homem e mulher da região
aspectos da vida do ribeirinho
fazendas, pescaria, embarcação...

Retratando de um modo antológico
toques, olhares fabulosos e reais
o Museu é um achado arqueológico
das artes dos nossos ancestrais

Giovanni Gallo como um museólogo
navega na correnteza da Exposição
retratando como um leigo sociólogo
o Marajó no seu "Campo de Missão"

Guerreiro dos sonhos tão sonhados
inquieto desde os tempos de Turim
quando um dia recebeu seu chamado
ah, ele imediatamente disse sim

E dizendo sim pra QUEM o chamara
nunca imaginou que seu EIS-ME AQUI
seria pra ser um ÍTALO-MARAJOARA
Em Santa Cruz de Cachoeira do Ararí

Giovanni Gallo descreveu como poucos
lá pras bandas das ilhargas do Arari
os tantos valores do marajoara caboclo
inclusive na etimologia do nosso tupi

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

sábado, 10 de setembro de 2011

ANANINDEUA da Flor de Ananin





ANANINDEUA
da Flor de Ananin

Filha das resinas e dos Poemas
de cada Flor desse natural jardim
duma Árvore de enorme sapopema
que nativos batizaram de Ananin

Cidade da Industrial Estrada
Mocajatuba, Zacarias de Assunção
é onde sol e lua fazem morada
dando mais beleza a esse chão

Amiga dos trilhos Belém-Bragança
O rio Maguari vive dizendo assim
"Conserves as Raízes da Esperança
das tuas Sementinhas de Ananin"

Porta de entrada dos belemenses
Ananindeua, um recanto acolhedor
das cidades é a mais paraense
por ter tanta gente do Interior

Ananin da Providência, Moça Bonita
linda Cidade Nova, Una, rua do Fio
Bom Sossego, Quinta das Carmitas
do Quarenta Horas beira do rio

Em todo lugar tem companheirada,
gente que combate, e pra valer
tantas estruturas ultrapassadas
que vivem se revezando no poder

Ananin dos Campos das Conquistas
tem gente sem medo de ser feliz
sonhadores guerreiros, ativistas
Beto, João Amorim, Luíz Muníz...

Na Paulo Maranhão via passarela
nos encantamos com Sonia Baltazar
que cria e pinta lindas telas
com o carisma de Artista Popular

Cidade de uma gente bem seleta
um pessoal que prefere discrição
sonhadores, voluntários, poetas
gente de paz que faz por paixão

Pessoal que de alma divina pura
realiza trabalho transformador
e sem um centavo de prefeituras,
de coronel, qualquer vereador

Gente que tá nem aí pro dinheiro
como o companheiro Natan, irmão
prestativo, solidário, caminheiro
socialista na dialética e na ação

Ananin das autênticas boas vindas
nas ocupações do Distrito, Guajará,
Guanabara, Atalaia, Águas Lindas
Marighella, Águas Brancas, Aurá

Aqui as Ilhas vivem Curuçambando
tem Quilombola meu lindo Abacatal
Ivan Caripi que sai carimbolando
no ritmo do Grande Mestre Juvenal

Cidade em que o povão todo dia
noite, tarde ou horário matinal
vive arriscando a vida na rodovia
BR, estrada da impunidade federal

Mas nada disso tira o encanto
da beleza na clareza da vocação
de Ananin em que cada recanto
foi projetada por sua população

População que no Sangue Cabano
diante das injustiças sociais
ocupou os latifúndios urbanos
das várias oligarquias locais

Aqui a necessária reforma urbana
se foi fazendo com naturais ações
a partir das carências humanas
dando origem a várias ocupações

E o Sol que brilha alegremente
vive aplaudindo o povão daqui
que luta e resiste bravamente
pelo Jarderlândia, PAAR, Icuí

Linda Ananindeua hospitaleira
um marajoara vive a testemunhar
numa certa bicicleta farinheira
as bondades do povo desse lugar

Ah, e aqui nós temos a garantia
de futuro em cada tom, som, dom
nas poesias de Beatriz, menina Bia
Gustavo, Paulo Sérgio, Professor Leon...

Ananin de tantos natos artistas
gente da mais perfeita comunhão
como Zé Paulo, um irmão Batista
do Zé Mendes, sumano do Maranhão

Zé Paulo Mendes Artista Camarada
do trabalho de base sensacional
com meninos, meninas, Criançada
do Riacho-Vila-Floresta-Pantanal

Ananin dos mais doces aconchegos
que tanto nos enchem de emoção
bonito é caminhar na Bom Sossego
vendo o Tapete do Campo do União

Cidade querida onde sou abençoado
nas dádivas que Deus reservou a mim
principalmente num olhar encantado
de Sonia a minha Flor de Ananin


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

AFUÁ, Veneza Amazonense





AFUÁ,
Veneza Amazonense

A F U Á das conhecidas palafitas
predominada por várzea e igapó
por ser uma cidade limpa e bonita
é considerada uma Veneza no Marajó

Pense numa cidade limpa e bonita
sem fumaça, sem poluição do ar
lugar em que carro nunca transita
o cidadão pode tranquilamente andar

Em Afuá você alegremente pedala
num tipo diferente de embarcação
que sob as pontes rodando embala
alma do horizonte, a própria canção

Cidade de uma beleza inenarrável
simplesmente inesquecível, surreal
e onde quase tudo é inexplicável
ciclovia cem por cento magistral

Afuá nos lembra um conto de magia
Não Pasmem! Ela é sim sem igual
suas ruas, antológicas ciclovias
foram matéria até na mídia global

Bicicletas cheias de incrementos
tem volantes, som, amortecedor
poltronas, farol, balanceamento
tem tudo, menos motor poluidor

Cidade linda e conservacionista
menina amazônica, marajoara Afuá
pela beleza turística folclorista
recebe visitante de Belém, Macapá...

Por ali até as casas e palafitas
todas com seus encantos naturais
são muito mais dignas e bonitas
que certos palácios das capitais

Terra de gente linda e criativa
que um pouco de tudo sabe fazer
suas vias, ruas, pontes, estivas
tem amor de sobra pra oferecer

Cidade super amiga da ecologia
moto e carro são proibidos por lei
o que movimenta parte da economia
é o Açaí, sumano considerado rei

Produzido e extraído em abundância
o Açaí é um alimento tão popular
considerado de enorme importância
sempre presente na mesa familiar

O cardápio afuanse é bem variado
nas quebradas de cada caldeirão
tem peixe gostoso e o tão afamado
o importante ribeirinho Camarão

Eita Afuá, cidade menina parceira
do meio ambiente, do sumano Cordel
terra de Antônio Juraci Siqueira
este sim, um Autêntico Menestrel

Sumano dos mais lindos cantadores
o Poeta Marajoara Antonio Juraci
da Academia Brasileira dos trovadores
é um Afuaense companheiro do Açaí

Cidade que é qualquer coisa de linda
aqui cada maré alta ou baixa mar
vivem dando alegres boas vindas
ao turista que tem vontade de ficar

E essa linda cidade afuaense
respeitando as devidas proporções
lembra uma Veneza Amazonense
por flutuar em versos, canções

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ANAJÁS, o Coração Marajoara




o Coração Marajoara

ANAJÁS dos primitivos habitantes
que habitaram o lindo rio Anajás
é cidade que encanta o visitante
Quem ali passa não esquece jamais

Lugar cativante de vários atrativos
que inspira versos, prosas e canções
ambiente alegre, bastante festivo
é Anajás do rio Anajás, do Mocoões

Lá onde a gente conhece bem de perto
a natureza na própria beleza do ser
ah, você é capaz de ficar boquiaberto
vendo o Sol alegre se pondo, e a nascer

Anajás, centro Marajoara, Interiorano
coração aconchegante é um lugar ideal
pra gente esquecer os estresses urbanos
dos grandes centros de qualquer capital

Sempre cobiçada pelo capital mesquinho
que destrói florestas dos rios e igarapés
Anajás já sai em busca do seu caminho
com suas próprias mãos e próprios pés

Violentada desde o período da borracha
e mais recentemente madeira, palmital
a cidade com dificuldades busca e acha
saída em iniciativas como as do açaizal

Enquanto uma certa casa legislativa
caminha pela via maldita da corrupção
O povo de Anajás toma a iniciativa
de dizer não à predadora devastação

Sem apoio dos ditos Órgãos competentes
o caboclo sumano da região dos Anajás
enfrenta barreiras, mas vai em frente
planta, cria sem métodos artificiais

Mesmo sem recursos, sem financiamentos
esses marajoaras nos dão uma lição
de vida, de fé e muito encorajamento
"sustentabilidade, natural produção"

Lindos Anajaenses, gente que sonha
que trabalha, que realiza, que faz
na lavoura, no Açaizal, na peconha
dando vida aos manos Mocoões, Anajás

E os que vivem das trapaças, sujeiras
nos plenários estaduais ou federais
que busquem ver a dignidade guerreira
do povo carente, mas honesto do Anajás

Praquelas bandas o natural breviário
registra todas as emoções dos corações
que mergulham nas águas dos balneários
que encantam os rios Anajás e Mocoões

Cidade localizada bem no coração da Ilha
e que apesar de carente a sua população
nos comove muito nas lições de partilhas
nunca nega abrigo, sempre estende a mão

Humilde, hospitaleiro, sincero, risonho
o anajaense, super singular, é original
caboclo do Marajó, natural patrimônio
ah, que dificilmente se vê assim igual

Anajás simpática das terras Marajoaras
do Aramã, rio Guajará, Cururu rios teus
da Memória Indígena lá de Itapecoaquara
dos tempos que te chamavas "Menino Deus"

Ah, Menino Deus, Anajás dos Peconheiros
das latas, dos paneiros de cada Açaizal
teu povo ribeirinho, roceiro, canoeiro
é guerreiro, trabalhador e muito legal

Sumano Vento, um eterno companheiro
todo encantado, vive admirando, sim
o Chorinho do teu lindo cancioneiro
o Autodidata  Adamor do Bandolim


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara





terça-feira, 23 de agosto de 2011

BAGRE, Paraíso Marajoara




BAGRE
Paraíso Marajoara

BAGRE do balneário, Praia da Costa
cidade dum povo humilde, acolhedor
desses que a gente ama e gosta
nas relações do fraternal calor

Lá pros rumos da baia das Araras
no rio Pará, onde a vida é navegar
fica Bagre dos Paraenses Marajoaras
linda, pacata. Que beleza de lugar!

Bagre lembra um paraíso verdadeiro
Floresta Densa da planície aluvial,
com presença maciça de Açaizeiros
lindo, formidável Patrimônio Natural

Formidável é o seu povo admirável
que busca sobreviver sem devastação
fazendo bom uso do recurso renovável
da floresta que clama por conservação

Cidade linda que tem como princípio
valorizar o que Deus lhe deixou aqui
em setembro mobiliza todo município
nas Festividades Marajoara do Açaí

Bagre nos seus dias de festividades
vive pura mobilização e empolgação
onde a riqueza natural dessa cidade
fica aberta em barracas de exposição

Muitos objetos indígenas, artefatos
utilizados largamente pela população
se misturam com variados artesanatos
feitos à partir de fibra de vegetação

Peças como Tipitís, Matapís, Paneiros
vão conservando as raízes, tradições
de artistas marajoaras, verdadeiros
desafiadores resistentes às gerações

E nas Festividades do Açai bagrense
você também pode ver a apresentação
da nossa cozinha Marajoara-Paraense
pratos à base de açaí, peixe, camarão

Esta cidade dos tempos da Cabanagem
nesses dias de festividade popular
tem concursos, futebol e canoagem
e Miss Açaí sempre linda a desfilar

Além de festival culinário-artístico
Bagre faz aquela questão de apresentar
o valor do caboclo pro olhar turístico
que encantado promete um dia voltar

Promete voltar e rever outro cenário
tão lindo quanto o Festival de Açaí
a Praia da Costa, popular balneário
com muitíssimo Verde em torno de si

Praia da Costa tu te livras do stress
nas águas companheiras do sol e luar
e é claro, evidentemente se esquece
da vida em cada inesquecível mergulhar

A Praia e outros lugares da redondeza
presentes da Natureza a esse lugar
são Paraísos constituidos de belezas
que só mesmo no Marajó você pode achar

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara