segunda-feira, 8 de agosto de 2011

GURUPÁ, do Forte Marajoara





GURUPÁ
,
do Forte Marajoara

GURUPÁ no rio Amazonas admirável
tem nas unidades de conservação
Áreas de desenvolvimento sustentável
e gente boa, marajoara de coração

Antes dos tempos da Independência
embarcações do Amazonas, rio mar
já faziam respeitável reverências
pra Gurupá, um encanto de lugar

Ribeirinha, menina singela pacata
essa cidade tem a plena convicção
do valor das águas e virgem mata
sendo companheira da conservação

Gurupá fortaleza, é guerrilheira
que não se entrega a vil ambição
das insanas predadoras madeireiras
inimigas número UM da preservação

E apesar das enormes dificuldades
o irmão de Gurupá é gente que faz
pois luta com ética, integridade
ama a sua região e resiste na paz

Cidade das reservas extrativista
do contexto histórico socioambiental
dentre seus defensores ativistas
tem Edgar Pantoja poeta intelectual

Edgar como porta voz da mãe terra
sabe que a paz só irá mesmo reinar
quando destruírem as motosserras
e deixarem o nosso verde respirar

Ali um Forte sabe muitas histórias
sobre caravelas, canoas balsas, naus
pois é passagem mais que obrigatória
de Santarém-Macapá, de Belém-Manaus

Por ali onde a natureza é só orgulho
os manos açaizeiros sempre cantarão
pro sol, pra lua que tomam mergulho
com os ventos, com peixes e camarão

Em Gurupá você se levanta bem cedo
e nem sente falta da rede, do lençol
por que se vai prosear com o arvoredo
filho da águas e de um amazônico sol

Águas que trazem encantos manauaras
ah, somente elas sabem, mais ninguém
que Gurupá é porta que os Marajoaras
abrem pro Amazonas chegar até Belém

Em Gurupá o vento poeta carimbola
sentindo orgulho do sumano cidadão
Mocambo Comunidade dos Quilombolas
dos heróis dos tempos da escravidão

Menina ribeirinha cidade Amazonense
do Periquito, do Purucuí, do Marajoí
cabocla marajoara, sumana paraense
dos que manejam o Camarão e o Açaí

Lugar onde o sol sempre imponente
sorri pra Maria Ribeira, pro Jocojó
tantos Quilombolas e Remanescentes
guerreiros sumanos cabanos do Marajó

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

Um comentário:

blog do Beto Andrade disse...

Parabéns meu poeta revolucionário!
Nosso Pará é lindo e sua poesia o engrandece!!!