sexta-feira, 10 de junho de 2011

Marajó, a Ilha dos Encantos I I I





Marajó, a Ilha dos Encantos

I I I

Ainda há uma infinita variedade
de coisas relacionadas à região
nas diversidades de cada cidade
furos, rios e meios de locomoção

Por aqui o Vento sopra mais forte
por que é um meio de comunicação
interligado ao sistema de transporte:
Canoas, botes, batelões, embarcação

Além dos cascos, regatas, bajaras
as embarcações de avenida fluvial
temos a famosa Cerâmica Marajoara
tão reconhecidamente internacional

Traços harmoniosos que no contorno
de gráficos com perfeita definição
A CERÂMICA sem o auxílio de tornos
é feita com a mais alta precisão

Linda arte utilitária decorativa
deixada pelo índio ancestral irmão
a CERÂMICA MARAJOARA sempre viva
é repassada de geração a geração

Vasos, jarros, cachimbos, pratos...
nos traçados sempre irão existir
na originalidade desse artesanato
na Ilha e no Paracuri, em Icoaraci

Ilha encantada da natureza bela
por ter coisas que só existem aqui
tá sempre desfilando nas passarelas
de São Paulo e Marquês de Sapucaí

Nas brenhas dos furos vive a sumana
e sumano da roça, do rio, do igarapé
exemplos vivos da alma pura e humana
nas acolhidas e ações de vida, de fé

Lindos sumanos, irmãos ribeirinhos
marajoaras que contemplando navios
acenam os braços enviando carinhos
transmitem o encanto da beira do rio

Enviam dos casebres, das choupanas
uma mensagem de sentimento civil
que apesar do abandono nas cabanas
eles tem um grande amor pelo Brasil

Brasileiros originariamente natos
que mesmo na mais absoluta exclusão
nas ribanceiras, nas brenhas do mato
amam de paixão a pátria nossa nação

Marajoaras, Marajós das Maravilhas
ela sim é a terra dos encantos mil
manda dizer aos políticos de Brasília
que merecemos mais atenção do Brasil

É uma gente que mesmo no abandono
de um país que lhes nega atenção
vive feliz, nada lhes tira o sono
consciencia limpa, também limpa mão

Mãos limpas de guerreiros nativos
que nos rios e igarapés dos cacurís
são virados e em tudo são ativos
com redes de lancear, com matapís...

E eu que fui na vida um marinheiro
vivo o tempo inteiro pedalando por aí
lembrando os marajoaras companheiros
em cada farinhada e tijelada de açaí

Brasileiro nativista, nacionalista
deixo um recado ao resto da nação:
NINGUÉM AQUI É SEPARATISTA
mas queremos mais respeito e atenção


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

2 comentários:

Anônimo disse...

uma ilha paideguam porreta,

marajó beleza pura

Jetro Fagundes disse...

Certamente que o poema
vai pra Pedro Silva um
irmão muito amado da
Cidade de Breves, Marajó.
Pedro Silva, o lindo
Pedro de guerra, companheiro
missionário, navegador,
homem de larga visão
nos trabalhos que realiza
junto aos sumanos ribeirinhos.
Lindo poeta que é lembrado
sempre na casa do farinheiro,
em Ananin, onde os marajoaras
dos rumos daqui tão sempre
comentando as grandes proesas
desse sumano querido.
Eita Pedro Silva, cantador,
compositor, instrumentista dos
bons, um verdadeiro artista popular
que conhece o segredo da poesia,
o encanto das aguas e o
valor do nosso povo, o seu povo...
abração pra tu