quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ayrton Senna


Ayrton Senna

I

Vento meu menino recordista
de velocidade e imaginação
lembro o maior automobilista
Ayrton Senna, genio campeão

Menino revelado desde a fase
que se vislumbra um vencedor
a famosa categoria de base.
E o Kart é isso prum corredor

Ayrton começou a ganhar fama
dando pinta de grande campeão
com um motor de aparar grama
num Kart feito por seu paizão

Ainda nas pequenas categorias
Ayrton Senna ja dava o sinal
de que um dia, claro, seria
um verdadeiro campeão Mundial

Na América do Sul, Inglaterra
e nas mais variadas regiões
nos autódromos de toda a terra
vencia inúmeras competições

Um dia numa humilde escuderia
ele vai pra fórmula principal
onde certamente continuaria
sendo sempre um piloto genial

Da Toleman, uma equipe modesta
vai pra Lotus dum melhor motor
e continua sendo dono da festa
com seu carro mais competidor

Vento que sabe de toda história
várias vezes vi tua empolgação
com tantas e muitas vitórias
de Senna dando show de condução

Show nas pistas da terra inteira
Monza, Ímola, Suzuka, Jacarepaguá
Hockenheim, Jerez de la Frontera
Villeneuve, em Montreal, Canadá

Via toda uma gente apaixonada
deixando tudo somente pra ver
ronco dos motores e largadas
e nosso menino sempre vencer

Quando Senna foi pra Mclaren
e sagrando-se campeão mundial
tu vias pessoas se emocionarem
ouvindo um tema, hino triunfal


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

Ayrton Senna


Ayrton Senna

II

Vento várias vezes vi sorrindo
você todo contente pela manhã
ou tarde de domingo, dia lindo
ouvindo o lindo Tam, tam, tam

Esse tam, tam, tam que se ouvia
tinha lá no seu fundo musical
algo que parece uma sinfonia
dum côro de vitória angelical

Via alegria nas arquinbancadas
de Monza, Silverstone, Estoril...
quando a bandeira quadriculada
era pra Ayrton Senna do Brasil

Em Mônaco, pra falar a verdade
onde foi cinco vezes vencedor
Ayrton se tornou uma majestade
um príncipe, monarca, imperador

Pisando firme, bem lá no fundo
e sem contar com auxílio nenhum
foi Três Vezes Campeão do Mundo
em 88, noventa, noventa e um

Dotado de um extremo talento
esse brasileiríssmo campeão
parecia ser teu filho, vento
voando baixo, sem sair do chão

Nesse tempo outros competidores
também sabiam muito bem correr.
Pilotos, verdadeiros professores
Prost, mansell, Lauda, Piquet...

Tempos das românticas corridas
prazeirosas, linda, té de mais.
A Fórmula Um era cheia de vida
com os seus mestres magistrais

Mas no seco ou mesmo na chuva
turbinado ou com convencional
nas linhas retas ou nas curvas
o Ayrton Senna era fenomenal

Ele era na verdade das verdades
tão fenomenal, tão sensacional
e batia recordes de velocidades
que a "POLE" virava coisa normal

E quando um dia o nosso menino
partiu num ponto cinistro, atroz
numa das curvas de San Marino
deixou um vazio no meio de nós


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

Ayrton Senna


Ayrton Senna

III

E na fatídica curva Tamborello
esse homem pra lá de fenomenal
se torna num magnífico, belo
cidadão do Infinito, imortal

Apesar de ser uma celebridade
era um cara super cativador
sem nunca perder a humildade
pois não gostava de se expor

Meio tímido, um tanto reservado
camarada meigo, terno, gentil
parecia ser alguém encantado
que veio dar vida ao Brasil

E mesmo sendo rico, realizado
Ayrton Senna era um cidadão
que demonstrava ser preocupado
com os problemas da sua nação

Vendo a miséria do brasileiro
como um sonhador e realizador
abre mão da parte do dinheiro
em prol de seu povo sofredor

Vento, teu menino encantado
sem buscar pra si promoção
deixou quase tudo projetado
para uma certa organização

E olhando a iniciativa serena
da organização nao governamental
o lindo Instituto Ayrton Senna
pra muitos é algo bem essencial

Organização sem fins lucrativos
sempre busca como meta principal
manter os sonhos e ideais vivos
dum ser preocupado com o social

Eleito por todos os competidores
como o campeão dos campeões
Ayrton é o maior dos corredores
desta e das antigas gerações

Lindo, lindo,lindo amigo das massas
o meu Corinthians foi a sua Paixão.
A Fórmula Um já nem tem mais graça
hoje vive ai sem vida, sem emoção

Mestre dos mestres, mago dos magos
nosso Ayrton vive em outra dimensão
no " S " do Senna lá de Interlagos
e no bem profundo de cada coração


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

terça-feira, 20 de julho de 2010

Josué Fagundes, o paizão dos seus manos


Josué Fagundes
o paizão dos seus manos

I

Vento leal, companheiro
que canta pra navegação,
pro filho dum timoneiro
o teu, meu lindo irmão

Cante, fale das proesas
a garra e a dedicação
coisas que nas correntezas
claro que gravadas estão

Diga que desde bem cedo
ele foi no seu Deus Javé
braço esquerdo e direito
da mãe, a Marajoara de Fé

Cante pra tua maresia
do Pacajá, Laguna, Anapu
Camarapi, Jaburu, Companhia
Amazonas, Xingu, Tajapuru...

E cante bonito pro meu Rio Baiano
Marajoara do Arraial Assembleiano
e diga que o meu mano empreendedor
no Deus Soberano é mais que vencedor

Claro, eu sempre lembro
quando me ponho a tocar
que de janeiro a dezembro
vivia pra nos ajudar

Saiba que lembro de tudo
e faço questão de contar
que sacrificou os estudos
pra bem cedo trabalhar

E a cidade da passarada
Breves um tão lindo lugar
lembra o menino camarada
que mantinha o seu lar

Ali avenidas e estradas
sim, viam meu mano Josué
cedinho, ainda madrugada
firme, disposto, de pé

E tu que cirandeias nas cantorias
és testemunha da dor, da euforia
do mano que depois das padarias
pegava pesado no Lorival serraria

Quando mudamos de cidade
além da Breves do coração
também veio a fidelidade
desse exemplo de irmão

Veio com a mãe querida
à Belém Cabana Capital
sempre no Deus da vida
sendo o esteio principal

Irmão de Fé, verdadeiro
cavalheiro mano paizão
era vendedor de temperos
além de operário tecelão

Na Graça, Paz e Alegria
do Deus, Senhor Adonai
morando nas periferias
Josué estudava no Senai

Neste Centro Profissional, dinâmico
fez cursos de eletrecista, mecânico
e se tornou num eximio expecialista
operador de máquinas, tratorista



Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

Josué Fagundes, o paizão dos seus manos



Josué Fagundes
o paizão dos seus manos

II

Querido irmão mais velho
que levava os manos seus
pro caminho do Evangelho
à Casa do seu Senhor Deus

Soube exercer influências
daquele irmão condutor
com a devida paciência
NA GRAÇA E NA PAZ DO SENHOR

Companheiro, camarada
como humilde batalhador
não deixava faltar nada
principalmente o amor

E digo aqui mano Vento
jurando por teu Violão
eu nunca ouvi lamentos
sequer uma reclamação

E mesmo tu sendo cheio de ternura
sei que também fazes travessuras
juro que as palmadas que eu levava
doia um pouquinho, mas logo passava

Eu que nunca fui santo
só tenho que agradecer
em prosa e verso, canto
e sem jamais esquecer...

Que o mano da alma minha
sim, me criou, me educou.
E com sacas de farinha
lá no inicio me ajudou

Lembro as duras lidas
o labutar, o batalhar
e intermináveis partidas
de damas, em nosso lar

Numca esqueci a peleja
na bela exemplificação
nos serviços da igreja
evangelismo, multirão

Vento, tu que tens a mais boa memória
sabes que um dia contarei toda história
desse teu navegante companheiro de fé
Marajoara Cabano, meu lindo mano Josué

Hoje junto a natureza
lugar que lembra o céu
ele vive com Teresa
nessa belíssima Portel

Senhor dos seus trilhos
continua no caminhar
de ajudar netos e filhos
sem jamais se cansar

Vento sei que você sabe
Josué Fagundes batalhador
virou um dono de cyber
inovador, empreendedor

E continua sendo amante
mesmo depois do Senai
da vida de navegante
tal como o saudoso pai

Mano, lembrando tudo o que voce ja fez
eu te dedico o Salmo cento e vinte e seis
E minha viola pra ti sempre cantarolará
"quem planta na dor com alegria colherá"


Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um Senhor Time I


Um Senhor Time

I

Vento, tu que ginga, balança
pra tua menina, a embarcação
sopre as bonitas lembranças
de uma antológica seleção

Fale do teu Escrete Canarinho
que lá no gramado espanhol
jogava com todo amor, carinho
em rodízio, parecendo gira sol

Um time pra lá de fantástico
com destaque todo especial
para um senhor Quadrado Mágico
poético, fabuloso, monumental

Diga por que as espanholas
ainda vivem até hoje a sonhar
com Sócrates, doutor da bola
um paraense de belo calcanhar

E sempre lembram o empolgante
Cérebro daquela seleção
menino dos passes elegantes
gaúcho, Paulo Roberto Falcão

Naquele Timaço, um menino
jogava com classe magistral
carioca Galinho de Quintino
Zico, simplesmente genial

Lembram de um volante de peso,
cabeça de área excepcional
o mineiro Toninho Cerezzo
a alma do escrete nacional

Que linda seleção maravilhosa!
Jogava como se estivesse a bailar
dando na base do verso e prosa
show de espetáculo popular

Ninguém esquece as pinturas
de Leandro, Junior, laterais.
E gols de Eder, por coberturas
feituras lúdicas e reais

Lembro de Oscar e Luizinho
craques zagueiros centrais
que jamais davam carrinhos
nem faziam jogadas desleais

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

Um Senhor Time II



Um Senhor Time

II

Aquele belo escrete Canarinho
por suas estrelas de montão
com Valdir Peres e Serginho
era no fundo uma constelação

Para ser sincero, bem franco
dava gosto, sim, da gente ver
pois tinha professor no banco
um mestre de verdade, Telê

Um escrete fabuloso, incrível
poético, singelo, fenomenal
parecia ser time imbatível
mesmo tendo perdido o mundial

Vento, ás vezes fico lembrando
ah! Se eu pudesse deixar pra lá
juro que até tu eu vi chorando
numa tarde tristonha do Sarriá

E quando esse belo selecionado
voltou sem o título de Campeão
foi pelo torcedor apaixonado
acolhido, recebido de coração

E se não foi Campeão do Mundo
essa geração do Mestre Telê
Vento, foi no fundo, bem fundo
a melhor que eu já pude ver

Era um timaço tão envolvente
que naquele gramado espanhol
jogava o tempo todo pra frente
sempre dando aulas de futebol

Foi ali que toda uma torcida
começou em ritmo de carnaval
a deixar as ruas coloridas
com as cores da Bandeira Nacional

A cantoria me disse certo dia
que quase três décadas depois
nunca mais viu Futebol Magia
como o Time de Oitenta e Dois

E ela disse que num desses dias
seja em sonho ou na vida real
aquele Futebol feito de poesia
ainda será Campeão Mundial

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara