quinta-feira, 17 de maio de 2012

Irmã Dulce, o Anjo Doce da Bahia











Irmã Dulce
Anjo Doce da Bahia

Vento, tu que sopra poesia
eu vou te falar com emoção
duma certa  Anja lá da Bahia
que fez a fé ter vida e ação

Maria Rita de Souza Brito
Lopes Pontes foi em Salvador
a Irmã dos trabalhos bonitos
ajudadora do povo sofredor

Baiana, fez a religiosidade
ser vocacionada para o bem
com obras puras de caridade
auxiliando a quem nada tem

Mulher de espírito amigo
menina, sentiu no coração
o desejo de ajudar mendigos
doentes inclusive de solidão

Mesmo  sem a menor estrutura
ela procurava sempre ajudar
pessoas na rua da amargura
enfermos sem leito hospitalar

Menina do coração ternurento
transformou a casa paternal
num  centro de atendimento
aos pobres da baiana capital

Freira com vocação missionária
se voltou também pra educação
como uma professora primária
num Círculo Operário Cristão

Amiga dos pobres desvalidos
ensinava carentes do povão
num colégio que era mantido
por sua Católica Congregação

Movida pelo santo sentimento
para atender doentes sem lar
converteu  galinheiro de Convento
em Centro Social e Hospitalar

E apesar  da saúde fragilizada
Dulce fez opção preferencial
pela população marginalizada
tão esquecida na roda social

Fundadora de Hospitais na Bahia
suas lindas atividades sociais
ainda rendem frutos hoje em dia
atendendo as classes marginais

Vento, sumano que  acalenta
o pobre, o desvalido, o infeliz
a irmã de um metro e quarenta
foi uma gigante no teu país

Tu que nessa vida se agiganta
socializando teu natural ventilar
ela,  realmente foi uma santa
pro sem saúde do setor popular

Santa dos santos atendimentos
gestos suaves, jeito de encantar
lembrava em muitos momentos
a outra santa, aquela de Calcutá

Irmã que ajudava os sem nome
com Obras da Fé  agia de coração
via Jesus Cristo passando fome
no rosto dum irmão na exclusão

Dulce da Fé e Obra Vivenciadas
por seus trabalhos assistenciais
ah, conseguiu até  ser indicada
a receber o prêmio Nobel da Paz

Nordestina bondosa, caridosa
ali, na sua discriminada região
com linda atividade religiosa
sim, fez a fé entrar em ação

Sua Ação em prol dos carentes
Vento, eu te juro, meu irmão
até hoje comove muita gente
além da fronteira da religião

Vento dos atos humanitários
O lábaro estrelado nacional
por um sistema único precário
anda envergonhado à meio pau

E, o pior, vejo tantos religiosos
presos em cadeias de televisão
caminhando com os poderosos
escandalizando a nossa nação

E Dulce dizia com humildade
o amor e seus sonhos são
a única porta pra eternidade,
importa é o agir de coração

Dizia, com ternura uma certeza:
ricos e pobres sempre existirão
Mesmo sempre havendo pobreza
podemos melhorar a situação

À quem se achava em amargura
dizia: nunca se deixe entristecer
quando a noite tiver mais escura
é por que o sol já vai aparecer

Sumano, ela um dia foi embora
rumou seu rumo santo natural
e o povão baiano ainda chora
lembrando  sua freira angelical

A poesia que a nada se atrela
vive dizendo em cordel, canção
Irmã Dulce das Ações mais belas
é uma santa para o seu povão

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

5 comentários:

Guida Linhares disse...

Beleza de homenagem meu amigo, a esta doce criatura que tem o coração recheado de compaixão e generosidade para com os menos aquinhoados pela sorte. Merece todo nosso carinho e reconhecimento. Abreijos, guida

Jetro Fagundes disse...

Irmã Dulce era qualquer coisa de linda, uma belíssima ser humana,
dessas que sabia ajudar as pessoas,
e de coração.
Guida, obrigado pelo seu comentário
fraterno.

Jetro Fagundes disse...

Irmã Dulce era qualquer coisa de linda, uma belíssima ser humana,
dessas que sabia ajudar as pessoas,
e de coração.
Guida, obrigado pelo seu comentário
fraterno.

AMARILIS PAZINI AIRES disse...

Linda homenagem, ela era impar.
Parabéns pela sensibilidade, vc emociona com as tuas linhas.
Bjssssssssssssssss

Anônimo disse...

Irmã Dulce, uma pessoa de alma pura, o mundo está tão carente de pessoas assim. Lindas palavras!