Lembranças dos Tempos de Navegação
III
Vento irmão do Amazonas
confesse baixinho pra mim:
Verdade que tu te apaixonas
pelas meninas de Ananin?
Sei que você nesta vida
mesmo sem gostar de harém
tem uma "Paixão" recolhida
pela Bella morena Belém
Sei que adoras um mimo
como o Marujo teu irmão
que em cada cais de arrimo
deixa uma eterna paixão
Sabes que tuas ribeirinhas marajoaras,
tão deslumbrantes quanto as manauaras
são guerreiras nos rios Guamá, Maguari
Laguna, Parauhau, Jararaca, jaburu, Arari?
Ventos do rio Jararaca
lembram as amigas dos rios
que amam balsas e barcas
empurradores e navios
Lindas amazonas encantadas
que lá no abandono total
são julgadas, discriminadas
pela hipocrisia imoral
Eu juro lindas sumanas
pelo nosso amor fluvial
um dia daremos bananas
pra essa hipocrisia imoral
Mulheres dos mais espantosos feitos
e que merecem todo carinho, respeito
Arriscam a vida na marola, maresia
pelo precioso pão nosso de cada dia
Sumanas que pegam marola
eu sempre com emoção
vivo com minha viola
lembrando peixe, camarão
Senhoras, moças, donzelas
que faço questão de dizer
são as mulheres mais belas
que um violão já pôde ver
Mulheres do rosto risonho
que pelas vias fluviais
acalentam possíveis sonhos
enfrentando até temporais
Vento eu fui maquinista marinheiro
e cá hoje vivo a vida de farinheiro
Agradeço a Deus por que na navegação
aprendi a fazer verso, prosa, canção
Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara
III
Vento irmão do Amazonas
confesse baixinho pra mim:
Verdade que tu te apaixonas
pelas meninas de Ananin?
Sei que você nesta vida
mesmo sem gostar de harém
tem uma "Paixão" recolhida
pela Bella morena Belém
Sei que adoras um mimo
como o Marujo teu irmão
que em cada cais de arrimo
deixa uma eterna paixão
Sabes que tuas ribeirinhas marajoaras,
tão deslumbrantes quanto as manauaras
são guerreiras nos rios Guamá, Maguari
Laguna, Parauhau, Jararaca, jaburu, Arari?
Ventos do rio Jararaca
lembram as amigas dos rios
que amam balsas e barcas
empurradores e navios
Lindas amazonas encantadas
que lá no abandono total
são julgadas, discriminadas
pela hipocrisia imoral
Eu juro lindas sumanas
pelo nosso amor fluvial
um dia daremos bananas
pra essa hipocrisia imoral
Mulheres dos mais espantosos feitos
e que merecem todo carinho, respeito
Arriscam a vida na marola, maresia
pelo precioso pão nosso de cada dia
Sumanas que pegam marola
eu sempre com emoção
vivo com minha viola
lembrando peixe, camarão
Senhoras, moças, donzelas
que faço questão de dizer
são as mulheres mais belas
que um violão já pôde ver
Mulheres do rosto risonho
que pelas vias fluviais
acalentam possíveis sonhos
enfrentando até temporais
Vento eu fui maquinista marinheiro
e cá hoje vivo a vida de farinheiro
Agradeço a Deus por que na navegação
aprendi a fazer verso, prosa, canção
Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara
2 comentários:
que maravilha relembrar momentos marcantes e inesquecíveis.
eu fui ribeirinha,sei um pouco
da bravura dessas mulheres...
parabéns poeta
te admiro muito!!!
Ah menina prima,
obrigado pelo comentário no meu Blog.
Os anos se passaram e eu ainda choro lembrando
esse tempo também tão bom da minha vida marítima.
E Fernando Pessoa ja dizia
Navegar é preciso, viver não é preciso
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