Castro Alves, Poeta Romântico e Libertário
I
Vento, parceiro dos navegantes
cante para as asas do condor
cantigas de Espumas Flutuantes
que lebram o Hino do Equador
Cante e encante com teu canto
que sopra puro ar inspirador
lá na baía de todos os santos
de Curralhinho, de Salvador
Cante pras Kizombas, Angola
da Mãe África, presente aqui,
e pro teu irmão das Kilombolas
sumano da negritude, do Zumbí
Cante pra encantada Idalina
menina que foi lá no sertão
aquela belíssima nordestina
que te dava tanta inspiração
Vento, amigo que na maresia
beija a proa da embarcação
lembras um menino da Bahia
dando show de declamação ?
Lá pros anos mil e oitocentos
década de quarenta vai nascer
alguém avançado pro seu tempo
inovador na forma de escrever
Amigo da arte, música, festa
desde cedo e já no ginasial
fazia nos saraus e serestas
cantoria romântica e social
Além de bem vestido, elegante
possuia voz sublime de trovão
de Agamenon, firme, possante
que vibrava em todo coração
Ele que varava as madrugadas
pela poesia se tornou paixão
inclusive de mulheres casadas
empolgadas com a sua canção
Cantador irmão dos navegadores
Castro Alves, o poeta do Condor
fazia pras suas rosas, flores
cantiga, verso e prosa de amor
Ele que inspirado na primavera
dizia com jeito enternecedor
Ah, se pudesse, ai quem pudera
viver, qual vive a linda flor
Poeta que nos mil e um amores
como conquistador de corações
fez os poemas mais encantadores
pra ela, a Musa das multidões
Vento, mano das sensibilidades
Castro Alves em suas louvações
dedicou à tua Musa, LIBERDADE
as mais belas, lindas canções
Juro mano Vento que é verdade
as mais bonitas composições
ele fez pra amada LIBERDADE
rompedora dos cruéis grilhões
Amante de uma escola literaria
que sabia se utilizar da canção
soube agir de forma libertária
pela república e pela abolição
Ele soube usar a literatura
como potente arma principal
contra monarquia, escravatura
que manchavam a honra nacional
II
Poeta que dizia nas cantorias
de peito aberto, com indignação
que o negro não era mercadoria
pra ser negociado em um balcão
Cantando pros inspirados ares
exaltou em autêntica louvação
os negros valentes dos palmares
anjos da lendária insurreição
Vento, meu camarada cancioneiro
sei que esta tua estrondosa voz
ja declamou o "Navio Negreiro"
pra ave dos oceanos, o Albatroz
Sei também que vistes injuriado
Auri Verde pendão testemunhar
pobres irmãos negros açoitados
nos porões funestos em alto mar
Na linguagem divina da poesia
dizia que o Auri Verde Pavilhão
servia de mortalha na travessia
de africano negro nosso irmão
Também na voz divina da poesia
ele direcionou o seu escrever
contra a retrógrada monarquia
e os oligarcas donos do poder
Republicano de primeira hora
Castro Alves sabia acompanhar
todos os movimentos da aurora
dos tempos novos, do renovar
E cultivava a amizade singela
de grandes vultos desse país:
José de Alencar, Fagundes Varela
Rui Barbosa, Machado de Assis
Amigo de Álvares de Azevedo
um outro poeta intelectual
que também partindo bem cedo
se tornou num célebre imortal
Salas de Direito em Pernambuco
deram-lhe companheiros imortais
ilustres como Joaquim Nabuco
defensor das igualdades sociais
E por ter sido um poeta ousado
alguém da Gazeta Mercantil
disse ter encontrado um achado
na literatura do seu Brasil
Machado de Assis da Academia
aquele crítico exigente literal
dizia que Castro Alves da Bahia
era um poeta pra lá de original
Vento, esse teu menino poeta
que sabia bem se expressar
era como precursor profeta
um inquieto porta voz Popular
Se não se formou em advogado
isso pouco importa, tanto faz
Mas ele foi o mais respeitado
defensor das causas nacionais
Sua voz ousada, desafiadora
foi na sua brilhante geração
a voz profética arrebatadora
que mais se aproximou do povão
Voz que atravessa o infinito
e dá coragem nos dias atuais
aos poetas que lançam gritos
contra as injustiças imorais
Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara
I
Vento, parceiro dos navegantes
cante para as asas do condor
cantigas de Espumas Flutuantes
que lebram o Hino do Equador
Cante e encante com teu canto
que sopra puro ar inspirador
lá na baía de todos os santos
de Curralhinho, de Salvador
Cante pras Kizombas, Angola
da Mãe África, presente aqui,
e pro teu irmão das Kilombolas
sumano da negritude, do Zumbí
Cante pra encantada Idalina
menina que foi lá no sertão
aquela belíssima nordestina
que te dava tanta inspiração
Vento, amigo que na maresia
beija a proa da embarcação
lembras um menino da Bahia
dando show de declamação ?
Lá pros anos mil e oitocentos
década de quarenta vai nascer
alguém avançado pro seu tempo
inovador na forma de escrever
Amigo da arte, música, festa
desde cedo e já no ginasial
fazia nos saraus e serestas
cantoria romântica e social
Além de bem vestido, elegante
possuia voz sublime de trovão
de Agamenon, firme, possante
que vibrava em todo coração
Ele que varava as madrugadas
pela poesia se tornou paixão
inclusive de mulheres casadas
empolgadas com a sua canção
Cantador irmão dos navegadores
Castro Alves, o poeta do Condor
fazia pras suas rosas, flores
cantiga, verso e prosa de amor
Ele que inspirado na primavera
dizia com jeito enternecedor
Ah, se pudesse, ai quem pudera
viver, qual vive a linda flor
Poeta que nos mil e um amores
como conquistador de corações
fez os poemas mais encantadores
pra ela, a Musa das multidões
Vento, mano das sensibilidades
Castro Alves em suas louvações
dedicou à tua Musa, LIBERDADE
as mais belas, lindas canções
Juro mano Vento que é verdade
as mais bonitas composições
ele fez pra amada LIBERDADE
rompedora dos cruéis grilhões
Amante de uma escola literaria
que sabia se utilizar da canção
soube agir de forma libertária
pela república e pela abolição
Ele soube usar a literatura
como potente arma principal
contra monarquia, escravatura
que manchavam a honra nacional
II
Poeta que dizia nas cantorias
de peito aberto, com indignação
que o negro não era mercadoria
pra ser negociado em um balcão
Cantando pros inspirados ares
exaltou em autêntica louvação
os negros valentes dos palmares
anjos da lendária insurreição
Vento, meu camarada cancioneiro
sei que esta tua estrondosa voz
ja declamou o "Navio Negreiro"
pra ave dos oceanos, o Albatroz
Sei também que vistes injuriado
Auri Verde pendão testemunhar
pobres irmãos negros açoitados
nos porões funestos em alto mar
Na linguagem divina da poesia
dizia que o Auri Verde Pavilhão
servia de mortalha na travessia
de africano negro nosso irmão
Também na voz divina da poesia
ele direcionou o seu escrever
contra a retrógrada monarquia
e os oligarcas donos do poder
Republicano de primeira hora
Castro Alves sabia acompanhar
todos os movimentos da aurora
dos tempos novos, do renovar
E cultivava a amizade singela
de grandes vultos desse país:
José de Alencar, Fagundes Varela
Rui Barbosa, Machado de Assis
Amigo de Álvares de Azevedo
um outro poeta intelectual
que também partindo bem cedo
se tornou num célebre imortal
Salas de Direito em Pernambuco
deram-lhe companheiros imortais
ilustres como Joaquim Nabuco
defensor das igualdades sociais
E por ter sido um poeta ousado
alguém da Gazeta Mercantil
disse ter encontrado um achado
na literatura do seu Brasil
Machado de Assis da Academia
aquele crítico exigente literal
dizia que Castro Alves da Bahia
era um poeta pra lá de original
Vento, esse teu menino poeta
que sabia bem se expressar
era como precursor profeta
um inquieto porta voz Popular
Se não se formou em advogado
isso pouco importa, tanto faz
Mas ele foi o mais respeitado
defensor das causas nacionais
Sua voz ousada, desafiadora
foi na sua brilhante geração
a voz profética arrebatadora
que mais se aproximou do povão
Voz que atravessa o infinito
e dá coragem nos dias atuais
aos poetas que lançam gritos
contra as injustiças imorais
Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara
2 comentários:
Ola Jetro, o vento me trouxe ateh aqui, cheguei um pouco depois, porque antes me levaram a outros continentes, mas aqui aportei e gostei muito de sua poesia, por favor nao deixe de viajar e continue brincando com as palavras, pois escreves muito bem e suas msgs sao belas, obg amigo e boa viagem p voce, bjaoo Marta
Parabéns, Jetro. Trata-se de algo extremamente feliz ver-se alguém, com tanta sensibilidade, produzindo poesia, em nossos dias. Não podemos deixar de respirar este ar da poesia mesmo nos tempos da modernidade.
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