quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Rosa Parkis, a Rosa da Negritude









Rosa Parkis, a Rosa da Negritude

Vento, irmão amigo da prosa
senta-se aqui, vem me dizer
como que uma bonita Rosa
pôde desafiar a lei do poder

Ah, Sumano, você que clama
em defesa da floresta, do rio
ali pras bandas do Alabama
há cem anos tua Rosa surgiu

Mulher forjada nas atitudes
contrárias às vontades servis
virou símbolo das negritudes
nas lutas pelos Direitos Civis

Mulher das mais brilhantes
nas costuras, do árduo labor
casou-se com um militante
que tinha orgulho da sua cor

Lá um dia, voltando cansada
das costuras, o seu labutar
a Rosa que viajava sentada
foi obrigada a se levantar

Tempo do racismo violento
negro era em qualquer lugar
obrigado a ceder se assento
pra um branco se acomodar

E diante da indignada recusa
de ceder a sua acomodação
Rosa acabou ficando reclusa 
sendo acusada de agitação

Reclusa, detida, encarcerada
Parks vítima das leis raciais
além de duramente multada
pagou as despesas judiciais

Mais que uma mera rebeldia
da paciência, da resignação
o ato marcado de simbologia
chama a negritude pra ação

Contra racistas companhias
boicotou-se na união da paz
por quase quatrocentos dias
os coletivos brancos locais

Feito dum modo organizado
Boicote da negra população
causou um prejuízo danado
aos empresários da região

Boicote aos ônibus racistas
fez negro, a maioria do local
se tornar pedestre, ciclista
caroneiro, consciente social

E Rosa guerreira formidável
fez a cantiga de lamentação
ser uma cantoria admirável
puro cântico de libertação

Mulher das mais fascinantes
fez valer a tradição divinal
da verdadeira protestante
que não se curva anti o mal

Em virtude da sua atividade
que lhe causou perseguição
acabou mudando de cidade
sem renegar a luta, a ação

Rosa das mais puras divinas
tem a admiração consensual 
de Cidadãs Cristãs Femininas     
e do Feminismo Internacional

Rosa sentiu a dor do expurgo
da lei segregacionista, e vilã
e lembrava a de Luxemburgo
também linda polaca alemã

Flor das maiores honrarias
mereceu sim condecorações
por não ficar só nas teorias
das dialéticas, das religiões

E ao invés de ficar indignada
só no bar, no lar, num altar
reagiu, partiu pra caminhada
fez a História ver o seu lutar

Se ela era Católica ou Batista?
Eu sei lá, não sou historiador
Mas sei que fez com ativista
vontade do Deus Libertador

Em cada placa, ou um busto
o povo pode então constatar:
Seu nome no livro dos Justos
é claro que registrado está

Mulher da libertária atitude
que peitou branco segregador
era com a Rosa da Negritude
super orgulhosa pela sua cor

Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara

3 comentários:

POETA CIGANO disse...

Caro amigo poeta Jetro !!

O Seu Blog. me chegou via Email através de uma amiga comum. É super-interessante e seus textos muito bons.Gostei de tudo que vi. Está de parabéns. Já sou seu seguidor.
Beijos de luz !!!

POETA CIGANO - 07/02/2013

carlosrimolo.blogspot.com
"Poesias do Poeta Cigano"

Jetro Fagundes disse...

Carlos Rímolo, Poeta Cigano
irmão que tem o dom literário
saiba que os Ventos Sumanos
gostaram do teu comentário

Obrigado pela tua presença
pelo comentário cativador
saiba que é alegria imensa
tu seres um nosso seguidor

Jetro Fagundes

Ah, vem ser meu amigo no FACE

Unknown disse...

Tuas rimas encantam, Jetro. Muito bonita tua forma de homenagear aquilo que acreditas, àqueles a quem admira.
Um belo dom.
Parabéns!!

Beijo ternurento

Clau Assi